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Frankie Goes To Hollywood-1982

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Mensagem  PapaNJam Ter Jul 01, 2008 4:31 pm

Iniciaram a actividade em 1982 com o seguinte line-up: Holly Johnson (voz), Mark O'Toole (baixo), Peter Gill (bateria), Jed O'Toole, Sonya Mazunda (coros). O seu primeiro concerto foi como banda de suporte dos Hambi And The Dance, de cuja banda fazia parte um tal Paul Rutherford. Acontece que, nesse concerto, Paul juntou-se aos Frankie em palco e nunca mais saiu do grupo, substituindo Mazunda nos coros e acrescentando ao grupo mais um elemento distintivo através do seu estilo próprio a dançar.

As primeiras investidas do grupo na tentativa de assinar contrato discográfico não foram muito bem sucedidas. As editoras figuam a sete pés de uns tipos estranhos que se passeavam em palco de peito e rabo ao léu e incluiam nos seus espectáculos ao vivo elementos sado-masoquistas.



Em Dezembro de 1982, Jed O'Toole deixou a banda, tendo entrado para o seu lugar Brian Nash. A sorte dos FGTH mudaria a partir do momento em que o produtor Trevor Horn (ex-membro dos Buggles de Video Killed The Radio Star) os ouviu numa gravação que tinham feito para um programa de rádio. Estávamos em Fevereiro de 1983 e nada voltaria a ser como dantes. Uma das primeiras medidas drásticas de Horn seria proibi-los de actuarem ao vivo até que o som da banda atingisse o nível por si idealizado. A ideia era: já que eles gostam tanto de se armar em maus com toda aquela tanga do sado-maso, vamos discipliná-los!!

Em estúdio, para desespero de Trevor Horn, os FGTH eram ainda bastante ingénuos e tocavam um som demasiado agressivo para a ideia de perfeição que Horn queria alcançar. Assim sendo, pegou nas gravações feitas pela banda e, com a contribuição de Andy Richards nas teclas e Luís Jardim (sim, esse mesmo, dos Ídolos) na percussão, deu-lhes uma nova roupagem que deixou os rapazes convencidos da genialidade do produtor que lhes tinha caído do céu.

Relax foi lançado a 24 de Outubro de 1983, mas o sucesso previsto não se confirmou, tendo alcançado posições bastante modestas no top britânico. O bar The Tube convidou-os para uma actuação, mas foi a aparição no Top Of The Pops que lhes trouxe a sorte que até então não tinham tido. Relax subiu imediatamente na tabela (venderia cerca de 13 milhões de cópias em todo o mundo) e chegou a número um a 28 de janeiro de 1984 (ver post anterior). Uns dias antes, no dia 10, já BBC banira o disco de todos os seus programas, o que não prejudicou em nada o seu sucesso, antes pelo contrário... Seguiu-se o segundo single, Two Tribes (1984), e, em Outubro do mesmo ano, o álbum tão esperado: Welcome To The Pleasure Dome. Desde o White Album dos Beatles que a edição de um longa-duração não tinha levantado tantas expectativas em termos mundiais! Luís Jardim, na percussão, entre outros músicos de estúdio, foi chamado a dar a sua contribuição a este álbum, que incluiu, para além de Relax e Two Tribes, uma versão de Born To Run (Bruce Springsteen) e a magnífica balada, The Power Of Love, que seria editada no Natal desse ano.

O quarto single a ser extraído do álbum foi Welcome To The Pleasure Dome (1985) e, por esta altura, os FGTH eram um fenómeno à escala mundial, com digressões atrás de digressões. É claro que, como em tantos outros casos, quanto maior se sobre, maior é a queda, e, a partir de certa altura, as divergências entre Johnson e o resto da banda começaram a fazer-se notar. O vocalista queria ir numa direcção mais dançável, o que desagradava aos restantes membros. Mesmo assim, o novo álbum, Liverpool, foi editado em Outubro de 1986. Algo inesperadamente, Trevor Horn prescindira da produção do álbum e enviara Steve Lipson, alguém da sua confiança, mas que não agradou totalmente à banda, piorando o ambiente, que já não era bom. Ainda assim, Liverpool não foi o que podemos considerar um falhanço comercial e dele foram extraídos os singles Rage Hard (1986), Warriors Of The Wasteland (1986) e Watching The Wildlife (1987), que nunca chegaram a atingir o sucesso dos seus antecessores. Rage Hard era (e é), no entanto, uma música com bastante... como hei-de dizer... power! (esta palavra está muito na moda e dá um jeitaço quando não se sabe o que dizer...)



Em Março de 1987, após uma bem sucedida digressão europeia, Holly Johnson decidiu abandonar o grupo, prosseguir carreira a solo e... envolver-se num conflito judicial com a editora ZTT, que não queria deixá-lo rescindir o contrato. Mas isso agora não interessa nada. A solo de Holly Johnson gravou quatro álbuns, dos quais podemos destacar os singles Love Train e Americanos. Para elém da música, dedicou-se à pintura e, em 1993, escreveu a sua autobiografia intitulada A Bone In My Flute.

Paul Rutherford também se aventurou a solo, mas o êxito não quis nada com ele. Os outros três membros, O'Toole, Nash e Gill continuaram como Frankie Goes To Hollywood e até colocaram um anúncio na imprensa para novo vocalista. Dee Harris (1987) e Grant Boult (1988) ocuparam a vaga, mas, em 1988 descobriram que Holly Johnson tinha registado o nome do grupo em 1985 e que não poderiam continuar a usá-lo. Os Frankie Goes To Hollywood, como banda, se já não estavam mortos, agora estavam definitivamente enterrados.

A 24 de Outubro de 2003, os cinco Frankies de sempre reuniram-se para um programa da VH1. Foi só uma entrevista, sem confirmação de que os elementos do grupo voltariam a tocar ou a gravar juntos... Mas nunca se sabe...

ÚLTIMA HORA! Parece mentira, mas não, é mesmo verdade: um grupo está a fazer-se passar pelos Frankie Goes To Hollywood, em vários locais do mundo, incluindo os EUA, apresentando-se em digressão e reclamando para si todo um passado de sucesso de que já vos dei conta. Incrível não? Toda a história em http://www.fgth.net (em fgth news)


Algumas curiosidades para os fãs hard-core:

. A primeira banda de Holly Johnson chamava-se Big In Japan e editou um single homónimo em 1977.

. O nome Frankie Goes To Hollywood surgiu de uma frase retirada da revista The New Yorker, a qual referia uma digressão Frank Sinatra a Hollywood.

. O nome FGTH já tinha sido escolhido por Holly Johnson para uma das suas bandas anteriores, em 1980, que nunca chegou a tocar ao vivo, nem sequer a gravar.

. Os FGTH compunham sempre a música em primeiro lugar. Só depois vinham as letras. A primeira tarefa ficava normalmente a cargo de Mark O'Toole, enquanto que Holly Johnson se ocupava das lyrics.

. Foi uma frase do filme Mad Max II que inspirou a composição de Two Tribes. A frase é "When to great warrior tribes go to war".

. Mike Read foi o locutor de Radio One que ficou famoso por atirar o disco de Relax contra a parede, em pleno estúdio e em plena emissão, dizendo que era "explicitamente obsceno". Pelos vistos, Read tinha já passado o disco montes de vezes, só que naquele dia, leu por acaso as letras que estavam na capa e que diziam a certa altura "Suck It" (ainda por cima tinham sido alteradas por alguém, pois o original era "Sock It").

. Two Tribes e Relax ocuparam os dois primeiros lugares do top em Julho de 1984, feito apenas até então conseguido pelos Beatles (Hello, Goodbye e Magical Mystery Tour).

. Para conseguirem impor relax nos States, os FGTH tiveram de alterar a capa do disco e fazer um novo vídeo. Até então só a comunidade gay se interessava por eles. Já agora, Holly Johnson e Paul Rutherford sempre afirmaram a sua condição de homossexuais.

. Na passagem de ano de 1984/1985, os FGTH actuaram ao vivo na MTV americana. Que houve de especial nesta actuação? Os Duran Duran juntaram-se-lhes em palco para tocarem Relax... Deve ter sido curioso...

Apesar de apenas contarem com dois álbuns de originais, os FGTH lançaram um best of. Chama-se Bang! e é de 1993.
Formação:
Holly Johnson - lead vocals (1980–1987)
Mark O'Toole - bass (1980–1987, 2004–2007)
Peter Gill - drums (1980–1987, 2004–2007)
Brian Nash - guitar (1980–1987)
Paul Rutherford - backing vocals, dancing (1980–1987, 2004–2007)
Ryan Molloy - lead vocals (2004–2007)
Jed O'Toole - guitar (2005–2007)


Discography

Welcome to the Pleasuredome (1984)
Liverpool (1986)
Website http://www.fgth.org.uk/

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