Festival Marés Vivas: Prodigy triunfam ao 2º dia
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Festival Marés Vivas: Prodigy triunfam ao 2º dia
Segunda etapa do Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia, esgotou e teve o ponto alto na actuação dos Prodigy. Da Weasel e Tricky deram-lhes luta.
A segunda noite do Marés Vivas teve 20 mil pessoas e esgotou. Foi uma invasão progressiva, como é normal num dia de semana, mas bem notória a partir do concerto dos Da Weasel. Chegada a altura dos Prodigy, a expressão "ir até à frente do palco" ganhou contornos de proeza.
Fica então respondida a dúvida de saber se ainda faria sentido um concerto dos Prodigy . Pelos vistos, sim. Houve mosh, braços no ar, saltos, óculos escuros, apitos e toda aquela dinâmica que nos habituámos a ver em projectos de música de dança electrónica na década de 90. E tendo uma assistência tão rendida, os Prodigy pouco mais tiveram de fazer do que dosear os clássicos: "Breathe", "Firestarter", "Voodoo People", "Poison", "Smack My Bitch Up".
Mc Maxim fez quase todas as despesas da conversa (com muita asneirinha entre cada palavra dita) e Keith Flint não parou enquanto não destilou dentro do seu fato às riscas. Lá atrás, discreto como sempre, Liam Howlett deixou os rapazes fazerem o que quisessem para animar as hostes. O concerto acabou com "Out of Space", cantado em uníssono nas sequências reggae.
Sabendo que iam actuar antes dos Prodigy, os Da Weasel quiseram fazer disso um trunfo. Deixaram de fora os temas mais afectivos ("Re-Tratamento" ou "Dialectos de Ternura", por exemplo) e atiraram-se de cabeça para um concerto enérgico. Não será, por isso, de estranhar que tenham recorrido aos primórdios ("Adivinha Quem Voltou", "Dou-lhe com a Alma", "Para a nóia" ou "God Bless Johnny"), misturando ainda uma versão de "(You Gotta) Fight for Your Right (to Party)", dos Beastie Boys, e várias alusões aos Rage Against the Machine. O público não se queixou, bem pelo contrário
O concerto de Tricky foi uma realidade paralela. Teve-se a possibilidade de o ver sem a inflação emotiva de outros tempos, embora a intensidade continue lá. Devia mesmo ser filmado como Douglas Gordon fez a Zidane, com 17 câmaras à volta dele. Tal como o futebolista, Tricky pouco se mexe, mas é capaz de concentrar em si toda uma plateia.
De ombros caídos, à boxeur, segura o microfone e o suporte como se os quisesse espancar, imaginando-se que feche os olhos para acalmar uma qualquer fúria. Ao seu lado, a vocalista Kira faz o papel de princesa glacial, indiferente a tudo o que a rodeia (incluindo as saudades que alguém possa ter de Martina Topley-Bird).
Começaram com uma versão de "Lovecats", dos Cure, repescaram "Black Steel" e "Karmacoma", apresentaram-nos a uma série de temas do novo álbum (Knowle West Boy), como "Council Estate", "Puppy Toy" ou "Joseph". Ficavam melhor numa sala fechada
A segunda noite do Marés Vivas teve 20 mil pessoas e esgotou. Foi uma invasão progressiva, como é normal num dia de semana, mas bem notória a partir do concerto dos Da Weasel. Chegada a altura dos Prodigy, a expressão "ir até à frente do palco" ganhou contornos de proeza.
Fica então respondida a dúvida de saber se ainda faria sentido um concerto dos Prodigy . Pelos vistos, sim. Houve mosh, braços no ar, saltos, óculos escuros, apitos e toda aquela dinâmica que nos habituámos a ver em projectos de música de dança electrónica na década de 90. E tendo uma assistência tão rendida, os Prodigy pouco mais tiveram de fazer do que dosear os clássicos: "Breathe", "Firestarter", "Voodoo People", "Poison", "Smack My Bitch Up".
Mc Maxim fez quase todas as despesas da conversa (com muita asneirinha entre cada palavra dita) e Keith Flint não parou enquanto não destilou dentro do seu fato às riscas. Lá atrás, discreto como sempre, Liam Howlett deixou os rapazes fazerem o que quisessem para animar as hostes. O concerto acabou com "Out of Space", cantado em uníssono nas sequências reggae.
Sabendo que iam actuar antes dos Prodigy, os Da Weasel quiseram fazer disso um trunfo. Deixaram de fora os temas mais afectivos ("Re-Tratamento" ou "Dialectos de Ternura", por exemplo) e atiraram-se de cabeça para um concerto enérgico. Não será, por isso, de estranhar que tenham recorrido aos primórdios ("Adivinha Quem Voltou", "Dou-lhe com a Alma", "Para a nóia" ou "God Bless Johnny"), misturando ainda uma versão de "(You Gotta) Fight for Your Right (to Party)", dos Beastie Boys, e várias alusões aos Rage Against the Machine. O público não se queixou, bem pelo contrário
O concerto de Tricky foi uma realidade paralela. Teve-se a possibilidade de o ver sem a inflação emotiva de outros tempos, embora a intensidade continue lá. Devia mesmo ser filmado como Douglas Gordon fez a Zidane, com 17 câmaras à volta dele. Tal como o futebolista, Tricky pouco se mexe, mas é capaz de concentrar em si toda uma plateia.
De ombros caídos, à boxeur, segura o microfone e o suporte como se os quisesse espancar, imaginando-se que feche os olhos para acalmar uma qualquer fúria. Ao seu lado, a vocalista Kira faz o papel de princesa glacial, indiferente a tudo o que a rodeia (incluindo as saudades que alguém possa ter de Martina Topley-Bird).
Começaram com uma versão de "Lovecats", dos Cure, repescaram "Black Steel" e "Karmacoma", apresentaram-nos a uma série de temas do novo álbum (Knowle West Boy), como "Council Estate", "Puppy Toy" ou "Joseph". Ficavam melhor numa sala fechada
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