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Anti-Pop Music Festival: terceiro dia

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Mensagem  PapaNJam Seg Ago 04, 2008 11:11 pm

Chegou hoje ao fim o festival que animou as noites (e as manhãs) de Viana do Castelo. Rui Vargas, Mathew Jonson e Supermayer encerraram a festa.
Anti-Pop Music Festival: terceiro dia Antipo10

O terceiro e último dia do Anti-Pop Music Festival recebeu duas mulheres em palco: a portuguesa Ana Feel abriu a noite e Yen Sung ajudou a aquecê-la antes de entrarem em acção os convidados internacionais. Às 00h45, Sung continuava em palco em registo psicadélico, enquanto o recinto se ia compondo a passos de bebé.

Pouco antes da uma da manhã, o norte-americano Billy D'Alessandro iniciou o seu live act de forma intensa, para quebrar o gelo. A noite revelou-se a mais fria de todas, com as temperaturas e o vento húmido do rio a deixarem os dentes tremer. A audiência não parecia, no entanto, muito preocupada com isso, dando a D'Alessandro a devida atenção e aplaudindo um set que terminou com ambientes jazzy, preparando a entrada dos alemães que se seguiam.
Os irmãos Tiefschwarz subiram ao palco por volta das 02h00 e o recinto já bem preenchido delirou. O início fez-se em tons acid jazz e prosseguiu com um house ora tribal ora mais introspectivo e eventuais apontamentos electro tranquilamente herméticos, ao qual o público reagiu bamboleando-se freneticamente.

Nova viagem para o lado de lá do Oceano Atlântico para receber o canadiano Mathew Jonson . O público foi convidado a embarcar numa viagem por ambientes diversos, que percorreram territórios minimais e uma autêntica mescla de house, tecno e elementos electro, acelerando e desacelerando para gáudio geral.

Rui Vargas teve, como sempre, direito a uma recepção digna. O set começou de mansinho mas foi progressivamente evoluindo em intensidade. No final, dando as boas vindas à manhã, a preparação era mais que muita para receber a dupla de peso que encerraria a noite.

A festa terminou nas mãos de mais uma dupla alemã. Os Supermayer (Michael Mayer e Superpitcher) entraram em palco já o sol brilhava, mas nem por isso deram tréguas. Com baterias bem carregadas, o duo apostou nas batidas fortes, mas bem humanas, e nas sonoridades minimais, conseguindo agitar bem os ânimos na recta final de três dias intensos. As melodias retorcidas, com direito a chicotadas electro, mantiveram o corpo e as pernas bem ocupadas, quer da audiência quer da dupla, que em palco marcava o ritmo.

Às 07h30, com o sol a ir já por cima das muralhas do forte, o recinto estava ainda bem cheio. O ritmo embrutece um pouco: o som enche-se camada após camada, escapam melodias hipnóticas e as batidas intensificam e tornam-se mais invasivas. Como resultado, os últimos resíduos de energia dão sinais de vida, apesar de o calor começar a fazer-se sentir.

O final do set acontece às 09h30, como se exigia: de forma ríspida. Mas para acalmar os ânimos há ainda tempo para descer à terra com a remistura etérea do duo alemão para "Tiergarten", de Rufus Wainwright.

Ainda sem dados oficiais, o que se pode referir em jeito de balanço sobre esta quarta edição do Anti-Pop Music Festival é que a quantidade significativa de público (de todas as idades, mas maioritariamente sub-25) a tornou um sucesso. A qualidade do cartaz teve qualidade de som à altura, irrepreensível, com o volume sempre na altura e intensidade certas. O espaço do recinto é suficientemente grande para não haver tropeções e a paisagem não podia ser melhor para um festival desta natureza. Venha então a quinta edição.

PapaNJam

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