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Radiohead-1992

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Mensagem  PapaNJam Qui Jun 26, 2008 5:10 am

Radiohead é uma banda inglesa de rock alternativo, formada no ano de 1988[1] em Oxford por Thom Yorke (vocais, guitarra, piano), Jonny Greenwood (guitarra), Ed O'Brien (guitarra), Colin Greenwood (baixo, sintetizador) e Phil Selway (bateria, percussão).

O Radiohead lançou seu primeiro single, "Creep", no ano de 1992 e seu primeiro álbum de estúdio, Pablo Honey, em 1993. Ainda que o single de "Creep" não tenha feito sucesso quando foi lançado, seu relançamento, no ano seguinte, fez da canção um hit internacional. A popularidade desta banda no Reino Unido aumentou com o lançamento de seu segundo álbum de estúdio, The Bends, em 1995. A textura atmosférica das guitarras e o falsete de Thom Yorke foram bastante aclamados por críticos e fãs. Com o lançamento de OK Computer em 1997, o Radiohead ganhou fama mundial. Contando com um som bastante expansivo e temas sobre a alienação moderna, OK Computer é aclamado até hoje como um marco dos anos 90.

O lançamento de Kid A, em 2000, e de Amnesiac, em 2001, marcou o pico da popularidade do Radiohead, ainda que estes dois álbuns tenham tido opiniões controversas entre críticos e fãs. Este período marcou uma considerável mudança no som do Radiohead, com a banda incorporando elementos experimentais de música eletrônica e jazz em suas composições. Hail to the Thief (2003), sexto álbum de estúdio da banda, mesclou todos os estilos que a banda já empregou em sua carreira, como as guitarras distorcidas, música eletrônica e letras contemporâneas. Dando seqüência ao lançamento de Hail to the Thief, o Radiohead entrou em hiato, saiu de sua gravadora EMI e lançaram seu sétimo álbum, In Rainbows, em 2007, por meio de download digital, pelo qual os compradores escolhiam o quanto queriam pagar.[3]

História

Formação e primeiros anos (1986 - 1991)
Os músicos que viriam a formar os Radiohead estudaram juntos numa escola pública só para rapazes chamada Abingdon.[4] Thom Yorke e Colin Greenwood eram do mesmo ano, Phil Selway e Ed O'Brien eram um ano mais velhos do que eles e Jonny Greenwood era um ano mais novo. Em 1986, eles formaram a banda On a Friday, fazendo referência ao único dia da semana em que podiam ensaiar.[1] O primeiro concerto da banda ocorreu no final do mesmo ano, no Jericho Tavern, em Oxford.[5][6] Originalmente, Jonny Greenwood juntou-se à banda como teclista mas, algum tempo depois, tornou-se o guitarrista principal.[6] Ainda que Thom, Ed, Phil e Colin tenham terminado seus estudos em 1987, o grupo continuou a reunir-se aos fins-de-semana e feriados.[7]

Em 1991, quando todos os membros haviam completado seus estudos universitários (excepto Jonny), On a Friday reagrupou-se e começou a gravar algumas demos (como o "Manic Hedgehog") e a fazer concertos nos arredores de Oxford. Ainda que esta região tenha tido uma intensa movimentação de grupos indie nos anos 80, essa cena dava mais atenção à bandas shoegaze (como Ride e Slowdive).

Conforme o número de concertos dos On a Friday foi aumentando, gravadoras e produtores começaram a demonstrar algum interesse na banda. Chris Hufford, sócio da Oxford's Courtyard Studios, esteve presente num concerto do grupo no Jericho Tavern. Impressionado pela banda, ele e seu sócio Bryce Edge produziram uma demo deles e tornaram-se seus produtores.[7]

Após um encontro de Colin Greenwood e Keith Wozencroft, um representante da EMI, na loja de discos onde Colin trabalhava, os On a Friday assinaram um contracto de seis álbuns com esta gravadora, no fim de 1991. A pedido da EMI, a banda mudou seu nome para Radiohead, inspirado no título de uma canção do álbum True Stories, dos Talking Heads.[7]


Pablo Honey, The Bends e o sucesso (1992 - 1995)
Drill, o primeiro EP do Radiohead, foi produzido por Hufford e Edge no Courtyard Studios e lançado em março de 1992. A performance deste EP nas paradas musicais não foi satisfatória e, por conseqüência deste fiasco comercial, a banda contratou Paul Kolderie e Sean Slade - que, previamente, haviam trabalhado com Pixies e Dinosaur Jr. - para produzir seu primeiro álbum, que foi gravado em um estúdio de Oxford em 1992.[6] Com o lançamento do single "Creep", ainda neste ano, o Radiohead passou a receber atenção da imprensa britânica, ainda que esta não tenha sido favorável; a revista NME os descreveu como "uma farsa"[8], e "Creep" não foi tocada na BBC Radio 1 porque era "muito depressiva".[9]

O Radiohead lançou seu primeiro álbum, Pablo Honey, em fevereiro de 1993. Seu estilo musical foi comparado ao grunge, estilo bastante popular nos anos 90 mas, mesmo assim, Pablo Honey não se saiu muito bem comercialmente, atingindo baixas posições nas paradas musicais britânicas. Inesperadamente, durante sua turnê norte-americana, o videoclipe de "Creep" recebeu intensa rotação na MTV. A canção atingiu a segunda posição na Billboard Modern Rock Tracks e a sétima posição nas paradas britânicas, quando foi relançada no fim daquele ano. A banda, entretanto, quase cedeu à pressão do sucesso repentino, como no segundo ano da turnê de divulgação do álbum Pablo Honey. Eles descreveram esta turnê como uma experiência miserável, como disse Phil Selway em uma entrevista: "Ainda estávamos tocando as mesmas canções que nós gravamos dois anos antes... era como estar preso no tempo."[10]

Após a turnê norte-americana, a banda passou a trabalhar em seu segundo álbum. Para isso, eles contraram o experiente produtor dos estúdios da Abbey Road John Leckie. A tensão era grande, não apenas pelo sucesso de "Creep", mas pela expectativa da crítica e dos fãs para um álbum superior à Pablo Honey.[11] Para fugir desta pressão, a banda viajou para a Oceania e para a Ásia, mas a popularidade do Radiohead voltou-se contra eles. Thom Yorke foi acusado de estar aderindo ao estilo de vida de astros da MTV, e que essa viagem da banda era apenas um artifício para que seu álbum vendesse mais.[12] O EP My Iron Lung, lançado em 1994, que contém o single homônimo, foi a reação da banda, marcando uma transição de maior profundidade do que a planejada para o seu segundo álbum.[13] Este single foi promovido através de grande rotação em estações de rádio underground; comercialmente, My Iron Lung se saiu melhor do que o esperado, e esse período marcou o surgimento de uma base leal de fãs do Radiohead.[14] Tendo desenvolvido algumas canções novas enquanto estavam em turnê, o Radiohead terminou de gravar seu segundo álbum, The Bends, no fim de 1994, tendo o lançado em Maio de 1995. Enquanto a cena de bandas de Britpop dominavam a atenção da mídia, o Radiohead finalmente havia feito sucesso em sua terra natal com The Bends.[15] Este álbum foi baseado em densos riffs e na atmosfera etérea dos três guitarristas da banda, além de ter um uso maior de teclados do que em Pablo Honey.[6] Os singles "Fake Plastic Trees", "Just" e "Street Spirit (Fade Out)" atingiram boas posições nas paradas musicais. Na metade de 1995, a banda estava abrindo os shows do R.E.M., uma de suas influências e que era, naquela época, uma das maiores bandas de rock do mundo.[10] Introduzindo o ato de abertura do Radiohead, Michael Stipe, vocalista do R.E.M., disse: "Radiohead é tão bom, eles me assustam."[14] A atenção gerada com fãs tão famosos e videoclipes como os de "Just" e "Street Spirit (Fade Out)" ajudaram a expandir a popularidade do Radiohead para além do Reino Unido. Jonny Greenwood disse, "Eu acho que o ponto de transição para nós veio cerca de nove ou doze meses após o lançamento de The Bends, e ele começou a aparecer nas listas das pessoas de melhores do ano. Foi aí que eu comecei a achar que nós tínhamos feito a escolha certa em formar uma banda."[16]



In Rainbows e um novo estilo de marketing (2005 - presente)

Thom Yorke em concerto com o Radiohead em 2006.A banda começou a trabalhar em seu sétimo álbum de estúdio em Fevereiro de 2005.[33] Em Setembro daquele ano, eles gravaram uma música baseada apenas no piano, chamada "I Want None of This", para o álbum Help: A Day In The Life, da War Child. Este album foi vendido online, com "I Want None of This" sendo a faixa mais baixada, embora não tenha sido lançada como single.[9] Nesta época, o Radiohead já havia cancelado seu contrato com a EMI, e passou a gravar seu novo álbum com o produtor Mark Stent, mas no final de 2006, após apresentarem treze canções novas em turnê pela Europa e pela América do Norte, eles retornaram à Nigel Godrich e passaram a trabalhar em algumas locações rurais na Inglaterra.[34] O álbum foi completado em Junho de 2007 e masterizado no mês seguinte, em um estúdio de Nova York. O sétimo álbum de estúdio da banda, In Rainbows, foi lançado em outubro de 2007 sob a forma de download digital, onde os compradores escolhiam o quanto queriam pagar pelas músicas.[3] Ainda que tenha sido divulgado que as vendas online de In Rainbows tenham atingido a marca de 1,2 milhões de downloads no dia do lançamento do álbum[35], a banda não divulgou nenhuma informação oficial, dizendo que o lançamento virtual do álbum foi apenas um método de aumentar as vendas físicas de In Rainbows[35], que incluem um "discbox" contendo um CD bônus destas sessões de gravação, uma edição dupla em vinil e um livro de capa dura, que foram lançados em Dezembro daquele ano.[36]Este método de vendas pela internet acabou por estimular o processo criativo de outras bandas, começando por Nine Inch Nails, que decidiu lançar em seu site o album instrumental Ghosts I-IV, sob a licença Creative Commons e com uma variedade de embalagens e diferentes preços de escolha, incluíndo art-works, capa e verso. Pouco tempo depois também é lançado outro álbum, The Slip, desta vez com ainda mais influência do lançamento do Radiohead, sendo disponível inteiramente de graça.

In Rainbows foi fisicamente lançado no Reino Unido no fim de Dezembro, pela XL Recordings, e na América do Norte em janeiro de 2008, pela TBD Records[36], estreando nas primeiras posições em ambos os locais. O sucesso de In Rainbows nos Estados Unidos da América marcou o maior sucesso da banda nas paradas desde Kid A, ainda que tenha sido o quinto álbum da banda a atingir a primeira posição no Reino Unido. O primeiro single do álbum, "Jigsaw Falling Into Place", tem previsão de lançamento para o dia 14 de janeiro de 2008[37], seguido de uma turnê pela América do Norte, Europa, América do Sul e Japão.[35]


Estilo

Influências musicais
A maioria das influências dos membros do Radiohead foram Queen e Elvis Costello, bandas de post-punk como Joy Division e Magazine e bandas alternativas dos anos 80, como R.E.M., Pixies, The Smiths e Sonic Youth.[6][12] Em meados dos anos 90, a banda começou a demonstrar interesse em música eletrônica, especialmente no grupo de trip-hop Massive Attack, no rock experimentalista do Nine Inch Nails e no ato de hip-hop instrumental do DJ Shadow, citado como a principal influência para o álbum OK Computer.[38] Outras influências deste álbum incluem Miles Davis e Ennio Morricone, junto com outros grupos de música pop dos anos 60, como The Beatles e The Beach Boys.[6][16] Jonny Greenwood também citou o compositor Krzysztof Penderecki como inspiração para OK Computer.[16] Durante essa época, muitos críticos notaram a semelhança musical entre OK Computer e álbuns de bandas de rock progressivo, como Pink Floyd[39], mas a banda negou que sua música tenha sido influenciada pelo rock progressivo.[40] O estilo eletrônico de Kid A e Amnesiac foi o resultado da admiração de Thom Yorke por música ambiente, techno e outras vertentes da música eletrônica.[26] O jazz de Charles Mingus e Alice Coltrane e bandas Krautrock dos anos 70 foram outras importantes influências durante esse período.[41] O interesse de Jonny Greenwood em música clássica do século XX tornou-se aparente em algumas faixas de Kid A, onde ele tocava um Ondes Martenot, um instrumento eletrônico popularizado por Penderecki e Olivier Messiaen.[7] Em Hail to the Thief, a banda não abandonou as influências eletrônicas dos dois álbuns anteriores, mas retornou à antiga ênfase nas guitarras. The Beatles e Neil Young foram a fonte de inspirações musicais durante esse período, mas os membros do Radiohead não negaram a influência da música clássica e do Krautrock nesse álbum.[42] Desde 2005, enquanto trabalhavam no álbum In Rainbows, a banda continuou a mencionar rock experimental e música eletrônica, dentre outros gêneros musicais.[43]


Colaboradores
A banda mantém uma relação bastante próxima com seus produtores e engenheiros, particularmente com Nigel Godrich, e com o artista gráfico Stanley Donwood. Godrich tornou-se famoso junto com o Radiohead, estando junto com a banda como produtor desde The Bends, e como co-produtor desde OK Computer. Em algumas ocasiões ele é chamado de "sexto membro" do Radiohead, uma alusão ao trabalho de George Martin com os Beatles.[44] Stanley Donwood, outra pessoa fortemente associada à banda, produziu todas as capas de todos os discos do Radiohead desde 1994.[45] Ele algumas vezes também trabalha diretamente com Thom Yorke, o qual ele conheceu na escola; nessas colaborações, os créditos dados à Thom Yorke são sob seus pseudônimos, como "Tchock" ou "The White Chocolate Farm".[46] Junto com Thom Yorke, Stanley Danwood ganhou um Grammy, em 2002, por uma edição especial de Amnesiac, lançada sob a forma de livro.[45] Outros colaboradores incluem Graeme Stewart, Dilly Gent e Peter Clemens. Graeme Stewart tem trabalhado com o Radiohead desde as sessões de gravação de Kid A/Amnesiac. Ele também foi o engenheiro dos álbuns solo de Jonny Greenwood e Thom Yorke (Bodysong e The Eraser, respectivamente). Dilly Gent tem sido responsável pela comissão de todos os videoclipes do Radiohead desde OK Computer, trabalhando com a banda para achar o diretor certo para cada projeto. Peter Clemens é o técnico da banda em apresentações ao vivo, também conhecido como "Plank", e trabalha com o Radiohead desde The Bends.[6]


Membros
Thom Yorke - vocal, guitarra, piano e sintetizador
Ed O'Brien - guitarra e sintetizador
Jonny Greenwood - guitarra , teclado e sintetizador
Colin Greenwood - baixo
Phil Selway - bateria e percussão

Discografia

Álbuns de estúdio
Pablo Honey (1993)
The Bends (1995)
OK Computer (1997)
Kid A (2000)
Amnesiac (2001)
Hail to the Thief (2003)
In Rainbows (2007)

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