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Entrevista - Max: "gosto de desaparecer por horas, como um nômade"

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Mensagem  PapaNJam Qua Fev 04, 2009 1:57 am

O frontman/ fundador/ líder/ proprietário absoluto do SOULFLY, Max Cavalera, concedeu uma entrevista à tradicionalíssima revista inglesa KERRANG!, publicada na sua edição de 31 de janeiro (a revista é semanal). Eis a íntegra do conteúdo publicado, resultado de uma conversa telefônica com Alistair Lawrence:

Conte-nos sobre sua muito bem-sucedida nova turnê, por favor.

Max: "Iniciou muito estranhamente, porque nós começamos na Sibéria! Depois fomos pros EUA por um mês e agora estamos indo pra Europa e acho que é aí que o bicho pega, cara. Eu mal posso esperar para levar esse álbum aos fãs porque há muita animação quanto a ele".

Você tem algum ás na manga?

Max: "Hoje em dia, todo mundo tem YouTube e eles sabem exatamente o quê você está tocando cada noite. Então eu disse a mim mesmo que nós vamos fazer um show completamente novo, não vai ser como os que fizemos no começo dessa turnê. Vai ter um set list completamente novo e eu vou surpreender a porra de todo mundo com a nossa escolha de músicas".

O que te ocupa durante as turnês quando você não está no palco?

Max: "Depende. Se eu estou com minha família, então eu faço coisas de família, como levar meu filho mais novo Igor, que tem 13 anos, para lojas de discos às vezes porque ele é um baita tarado por Death Metal. A gente briga por camisetas às vezes - se ele pega uma do Napalm Death que eu quero, eu a tomo dele! (risadas) Se eles não estão comigo, eu caminho muito, cara. Eu começo a caminhar às 10 da manhã sem rumo e eventualmente fico perdido! Algumas vezes eu pego um táxi de volta pro local do show ou pergunto à polícia, ou algumas vezes os fãs passam por mim e me dão carona. Acho que essa é a única maneira de experimentar uma cidade. Se você está lá apenas para uma passagem de som, você não pode dizer que você já esteve lá, você esteve apenas no local do show".

Você passa menos tempo na farra agora que você está mais velho?

Max: "Um... bem, não cair na farra toda noite ajuda, porque se você acordar se sentindo feito merda, você não quer ir a lugar algum, a não ser que seja outro lugar pra beber mais! (risadas) O lance de caminhar vem dos meus dias de Brasil, no entanto. Eu sempre fiz isso porque eu curto desaparecer por horas, como um nômade ou coisa do tipo. Como eu disse, é a melhor maneira de conhecer os lugares".

Você vai tocar músicas antigas do Sepultura e do Cavalera Conspiracy também?

Max: "Estivemos falando sobre isso. Eu estou trabalhando em tocar 'Red War', a faixa do Probot que eu fiz com o Dave Grohl, porque nós nunca a tocamos antes. Dave escreveu a coisa toda; Eu apenas canto nela. Eu realmente curto essa música, todavia. Há um monte de músicas novas que a gente não tocou ao vivo também. Nós só tocamos tipo, três nos EUA, então nós vamos tocar muitas mais na Europa".

Quanto de influência você tem na escolha da banda de abertura?

Max: "No passado eu pegava bandas inglesas como Napalm Death, Fudge Tunnel e Skindred, mas eu também acho que é legal dar o espaço da abertura para uma banda completamente desconhecida local que ninguém conhece. Foi assim que eu comecei no Brasil, o Sepultura era aquela banda local e isso nos deu a chance de sermos ouvidos e acho que todas as bandas maiores deveriam fazer isso, de verdade. Foi assim que eu achei bandas como Gojira e Ice Burn, porque eles abriram pra nós na França alguns anos atrás".

Seus filhos têm alguma vontade de tocar numa banda?

Max: "Sim, Igor, o pequeno, tocou 'Troops of Doom' na turnê do Cavalera Conspiracy, que é sua música favorita do Sepultura. Ele e o irmão dele, o Zyon, são ambos bateristas, o que é meio ridículo. Eu disse a eles que deveriam aprender instrumentos diferentes de modo que pudessem estar numa banda juntos e os dois olharam pra mim tipo, 'Foda-se, não – a gente vai tocar bateria', então minha casa é barulhenta. Eles estão sempre tocando bateria e batucando em tudo quanto é merda por todo o canto, eu faço jams com eles o tempo todo. É assim que eu mantenho minha sanidade".

PapaNJam

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