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Mesa--2003

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Mensagem  PapaNJam Sex Jun 27, 2008 4:58 pm

Os Mesa foram um dos primeiros projectos da geração da presente década a mostrar firme intenção no reencontro da canção pop com a língua portuguesa. Mesa, o seu álbum de estreia, conta-se entre os melhores momentos pop que os últimos anos nos deram a escutar, sem receio de construir canções com palavras que por vezes fogem dos cenários habituais, sem medo de procurar uma identidade de som numa opção pela variedade em vez do mais frequente funil rumo a um só caminho. Ao segundo álbum (com uma das capas menos inspiradas da história do design ao serviço da música portuguesa), a ideia caminhou para destinos mais definidos, perdendo-se algum do apelo da surpreendente variedade da estreia. E é precisamente no resolver dessa opção que o novo Para Todo o Mal ganha primeiros pontos (e acrescente-se que a melhor capa da discografia do grupo também convida, agora, ao reencontro). O sentido de surpresa que se descobriu em Mesa é uma das características estruturais num álbum que mostra um grupo que sabe que a pop é um mundo vasto no qual moram tanto os códigos da familiaridade imediata como os do desafio, do inesperado. Os Mesa podiam ter-se transformado já em fáceis hit makers. Podiam ter uma linha de montagem de "Divagadoras" e "Luzes Vagas". Mas não. Ou não fosse João Pedro Coimbra, melómano, antes mesmo de se descobrir músico. E esse gosto de quem na música quer sentir um prazer de sabores, uns mais imediatos, outros que pedem mais tempo, mora uma das mais fulcrais verdades estruturais do que é esta Mesa pop. Para Todo o Mal mostra quão firme é o entendimento desta música e destas palavras com uma voz que lhes dá visibilidade. Aqui mora uma pop actual, que sabe escutar ideias num espectro largo de fontes, das electrónicas aos domínios da invenção indie pop. Do conhecido ao nem por isso. Cada canção tacteia um caminho, ganhando nós familiaridade com a surpresa ao fim de várias audições. As palavras podem não dizer o que somos, como se sugere a dada altura. Mas estas músicas não escondem quem as faz.
Mónica Ferraz



Nasceu no Porto a 23 de Março de 1980. Apaixonada pelas artes, rendeu-se ao encanto delas bem cedo. A sua primeira paixão foi o “Ballet” e em 1983, com apenas 3 anos recebeu um diploma da “Royal Academy of Ballet and Dance” com a melhor nota da turma de juniores, e durante 8 anos dedicou-lhe muito do seu tempo, chegando até a fazer diversos espectáculos.


Em 1984, na Academia de Dança das Antas frequentou um curso de sapateado com o famoso Professor Parisiense “Michel”, assim como dança jazz e sevilhanas. O seu percurso musical iniciou-se em 1985 paralelamente ao Ballet, iniciando os estudos de Piano Clássico.

Em 1990 é convidada pelo conhecido manequim Miguel Arcanjo para entrar para a agência de Manequins In( Elenco) , onde permanece por vários anos, trabalhando com nomes como: António Gamito, Luis Magone, Olga Rego entre outros.

Em 1995, a adolescência revelou o seu espírito rebelde e inquieto. Praticava intensamente todos os dias da semana e por essa altura começou ter aulas de canto na “Escola de jazz do Porto” e “Canto Lírico” com o Prof. Rui di Luna da Universidade de Lisboa.

Já entre 1997 e 1999 estreou-se nos palcos do Jazz e fez parte do cartaz de dois dos mais conhecidos Festivais de jazz, “Matosinhos Jazz” e “ Funchal Jazz”, a prova de fogo, de onde saiu com os aplausos do público e da crítica.

Em 2000, fizeram-lhe chegar às mãos uma maquete, de nome curioso, MESA.

Em 2002, assina o primeiro contracto discográfico com a Zona Música.

Em 2003, lança o primeiro disco de MESA, que foi bastante elogiado pela critica.

Em 2005, leccionou na “Escola de Musica de Aveiro”. Ainda em 2005, lança 2º disco de Mesa “Vitamina”(Emi), mais uma vez acarinhado pela imprensa e pelo público, onde Mónica Ferraz teve o prazer de partilhar um tema com Rui Reininho (GNR).

Em 2008, o muito aguardado 3º disco “Para todo o mal”(Sony BMG
João Pedro Coimbra




Iniciou o seu trabalho como músico profissional em 1992 com o Ballet Teatro do Porto e com a Orquestra de Jazz do Porto. Em 1993 integra a formação original dos Bandemónio, onde se manteve até 1996 fazendo a digressão de “Viagens” e de “Talvez F”. Nesse mesmo ano inicia a sua colaboração com os Três Tristes Tigres na digressão de “Guia Espiritual”, gravando em 1998, “Comum” e em 2001 a colectânea “Visita de Estudo”, onde é co-autor do tema Coisas Azuis e de uma remistura de “Mundo a meus pés”.




Em 1999 participa no espectáculo «Ferida Consentida» como co-autor da banda-sonora, juntamente com Alexandre Soares e Ana Deus, sobre o romance “Um beijo dado mais tarde” de Maria Gabriela Llansol e com dramaturgia de Regina Guimarães.




Em 2000 é convidado para a digressão do álbum “Lefthand” dos Coldfinger. Nesse ano é ainda co-autor da música para o espectáculo «Kitchnet» de Ana Deus e Regina Guimarães e cria com o DJ Cruzfader o projecto Percussão Acidental, uma encomenda do Frestas/Porto 2001. Colabora ainda nesse ano com Anabela Duarte no projecto Objogo.




Em 2001 participa no álbum “Return to lefthand” assinando uma remistura do tema B.Com.1.




Em 2003 é editado o 1º álbum dos Mesa, que co-produziu com Alexandre Soares.




Em 2004, recria com Ana Deus o tema O Medo na colectânea dedicada a Amália Rodrigues, “Amália Revisited”. Colabora com Margarida Pinto, assinando o poema de Frio o tempo, tema incluído no seu álbum de estreia, “Apontamento”.




Em 2005, assina uma remistura do tema “A bow” do disco de remisturas de Mourah intitulado “New Versions”. Em Setembro, é lançado o 2º álbum de originais dos Mesa, “Vitamina” do qual foi co-produtor ao lado de Mário Barreiros. Os Mesa integram ainda nesse ano o disco "3 Pistas" de Henrique Amaro.




Em 2007, cria o projecto Andrew Thorn, colabora com os Coldfinger em "Supafacial" e é co-autor da banda-sonora de "Skagafjord" de Peter Hutton, encomenda do Festival de Curtas de Vila do Conde.




Já em 2008, finaliza "Para todo o mal", o 3º álbum de originais dos Mesa, grava e participa a convite de Jorge Coelho, na banda-sonora de "Entre os dedos", o mais recente filme de Tiago Guedes e colabora com Rui Reininho no seu disco de estreia a solo.

Discografia:
2003-Mesa
2003-Mesa (2ª Edição)
2004-Mesa (3ª Edição)
2005-3 Pistas
2005-Vitamina
2008-Para Todo o Mal

PapaNJam

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