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Mamonas Assassinas-1995-1996

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Mensagem  PapaNJam Ter Jun 24, 2008 8:17 am

Mamonas Assassinas foi uma banda brasileira de rock satírico, com influências de gêneros populares tais como forró, sertanejo, pagode além de hard rock e música portuguesa.

Tornaram-se um grande sucesso com seu humor em meados da década de 1990, vendendo mais de 2,3 milhões de cópias de seu álbum homónimo de estréia e único de estúdio, graças ao sucesso de temas como "Pelados em Santos", "Robocop Gay", "Vira-Vira" e "Sabão Crá-Crá". No auge de suas carreiras, os integrantes da banda foram vítimas de um acidente aéreo fatal
História
Em 1989 os irmãos Samuel e Sérgio Reoli, junto com Júlio Rasec e Bento Hinoto, formaram uma banda de rock chamada Utopia, especializada em covers de grupos como Legião Urbana e Rush. Em um show, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N' Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Dinho voluntariou-se para cantar, e com sua performance escrachada fez o público rir, sendo aceito no grupo.

O Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo e lançou um disco que vendeu menos de 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. Decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome, escolhido por ser o mais engraçado, e que cita mamona como sinônimo de seio (tanto que o grupo criou a tradução para inglês "The Big Killer Breasts", peitões assassinos).

Mandaram uma fita demo com as músicas "Pelados em Santos" e "Robocop Gay" para diversas gravadoras, e Rafael, filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares e baterista da banda Baba Cósmica, insistiu na contratação. Após assistir uma apresentação do grupo em 28 de Abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os Mamonas.

Após gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), os Mamonas saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia e tocando mais de cinco vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos Mamonas tornou-se um dos mais caros do país, R$50 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda.

Os Mamonas preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o Learjet em que viajavam chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremetida, matando todos que estavam no avião. O enterro no dia 4 de Março fora acompanhado por mais de 65 mil fãs.

Fora anunciado um filme da história da banda, baseado em Blá, Blá, Blá - A Biografia Autorizada dos Mamonas Assassinas de Eduardo Bueno, e a ser dirigido por Maurício Eça.


Acidente
A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical. No dia 01/03/96, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, aonde chegou às 15:45. No dia 02/03/96, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07:10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 07:36. A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11:02, apresentou um plano de vôo para Brasília, estimando a decolagem para as 15:00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16:41. O pouso em Brasília ocorreu às 17:52.

A decolagem de Brasília, de regresso a Guarulhos, ocorreu às 21:58. O vôo, no nível (FL) 410, transcorreu sem anormalidades. Na descida, cruzando o FL 230, a aeronave de prefixo PT-LSD chamou o Controle São Paulo, de quem passou a receber vetoração por radar para a aproximação final do procedimento Charlie 2, ILS da pista 09R do Aeroporto de Guarulhos (SBGR). A aeronave apresentou tendência de deriva à esquerda, o que obrigou o Controle São Paulo (APP-SP) a determinar novas proas para possibilitar a interceptação do localizador (final do procedimento). A interceptação ocorreu no bloqueio do marcador externo e fora dos parâmetros de uma aproximação estabilizada. Sem estabilizar na aproximação final, a aeronave prosseguiu até atingir um ponto desviado lateralmente para a esquerda da pista, com velocidade de 205Kt a 800 pés acima do terreno, quando arremeteu.

A arremetida foi executada em contato com a torre, tendo a aeronave informado que estava em condições visuais e em curva pela esquerda, para interceptar a perna do vento. A torre orientou a aeronave para informar ingressando na perna do vento no setor sul. A aeronave informou "setor norte".

Na perna do vento, a aeronave confirmou à Torre estar em condições visuais. Após algumas chamadas da Torre, a aeronave respondeu e foi orientada a retornar ao contato com o APP-SP para coordenação do seu tráfego com outros dois tráfegos em aproximação IFR. O PT-LSD chamou o APP-SP, o qual solicitou informar suas condições no setor. O PT-LSD confirmou estar visual no setor e solicitou "perna base alongando", sendo então orientado a manter a perna do vento, aguardando a passagem de outra aeronave em aproximação por instrumento. No prolongamento da perna do vento, no setor Norte, às 23:16, o PT-LSD chocou-se com obstáculos a 3.300 pés, no ponto de coordenadas 23º25'S 046º35'W. Em conseqüência do impacto, a aeronave foi destruída e todos os ocupantes faleceram no local.


Nota adicional
Uma operação equivocada do piloto é a versão do Departamento de Aviação Civil (DAC) para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo Mamonas Assassinas na noite de 02/03/1996, em São Paulo. A 10 quilômetros do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o piloto repetia, a pedido da torre de controle, o procedimento de aterrissagem. No entanto, em vez de fazer uma curva para a direita, virou o avião Lear Jet 25, prefixo PT-LSD, para a esquerda, chocando-se com a Serra da Cantareira. Além dos componentes da banda, Dinho, que completaria 25 anos dali a dois dias, os irmãos Samuel e Sérgio, Júlio e Bento, também morreram no acidente o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas. Numa carreira fulminante de apenas oito meses, período em que vendeu quase 1,8 milhão de cópias de um único disco com músicas irreverentes e debochadas, o grupo, formado por jovens da classe C, ascendente de Guarulhos, conquistou multidões de crianças e adolescentes em todo o país.

A morte trágica de seus cinco integrantes causou comoção nacional. Dias após, houve um minuto de silêncio no Maracanã, antes do jogo entre Flamengo e Botafogo.


Membros
Dinho - vocal
Samuel Reoli - baixo
Júlio Rasec - teclado
Sérgio Reoli - bateria
Bento Hinoto - guitarra

Discografia
Álbuns de estúdio
Mamonas Assassinas (1995)

PapaNJam

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