Radio Ciclone
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

RUI VELOSO-1979

Ir para baixo

RUI VELOSO-1979 Empty RUI VELOSO-1979

Mensagem  PapaNJam Qua Jun 25, 2008 9:11 am

O TIO DO ROCK PORTUGUÊS

BIOGRAFIA

Rui Veloso nasceu em Lisboa, mas foi viver com três meses para o Porto.

Com apenas quinze anos começa a tocar guitarra como autodidacta e em 1976 (com 19 anos) conhece Carlos Tê e forma um grupo de Blues chamado Magara Blues Band (com Mano Zé e Manfred Minneman).

No ano de 1979 grava uma maqueta que a sua mãe se encarrega de levar à editora Valentim de Carvalho. Esta maqueta incluía temas em inglês e em português. Os elementos da editora interessaram-se pelos temas em português e contratam Rui Veloso.

Em Setembro desse ano, o músico muda-se para Lisboa e forma a Banda Sonora, com Ramon Galarza e Zé Nabo.

Em Julho do ano seguinte é editado o disco "Ar de Rock" com os grandes sucessos "Chico Fininho" e "Rapariguinha do Shopping". Este sucesso levou ao aparecimento de uma grande quantidade de bandas de Rock a cantar em português, a maioria de qualidade mais do que duvidosa (e do qual só conseguiram sobreviver os GNR, os UHF e os Xutos e Pontapés), no que ficou conhecido como o Boom do Rock Português e, daí, o título de pai do Rock Português para Veloso.

A Banda Sonora é muito solicitada para actuações ao vivo, durante o ano, e parte para Espanha a fim de gravar um novo disco que será editado no ano seguinte. Trata-se do single "Um Café e Um Bagaço".

Rui Veloso começa, entretanto, a ter problemas com as cordas vocais, que o levarão a interromper por várias vezes a sua carreira.

Uma nova Banda Sonora (com Mano Zé e António Pinho Vargas, este último vindo da formação dos Arte & Ofício) grava o novo LP "Fora de Moda", um disco completamente diferente do anterior e que tem alguns temas antológicos como "A Gente Não Lê" e "Sayago Blues".

O terceiro álbum de Veloso (que entretanto deixou de ter banda fixa) chama-se "Guardador de Margens" e tem no hino anti-militarista "Máquina Zero" o seu tema mais divulgado.

Por encomenda do MASP (Movimento de Apoio Soares à Presidência) grava o single "Rock da Liberdade", com letra de António Pedro Vasconcelos, que chega a Disco de Prata.

Após novas interrupções é editado, em 1986, o longa-duração "Rui Veloso"que inclui " Porto Covo", "Porto Sentido" e "Cavaleiro Andante", um dos grandes sucessos da sua carreira. As letras de Carlos Tê encaixam muito bem nas músicas de Veloso e, ainda que a uma escala caseira, e salvaguardando as devidas distâncias estamos perante a dupla Lennon/McCartney.

Após "Rui Veloso Ao Vivo", gravado no Coliseu do Porto nos dias 4 e 5 de Junho de 1987, sai o muito aguardado disco conceptual "Mingos e os Samurais", que retrata a vida de um grupo musical de província durante os anos 60 e 70. O disco atinge a astronómica cifra de 80 000 exemplares vendidos (160 000 por ser duplo), o que equivale à quádrupla platina, um número sem precedentes no mercado nacional. Este duplo sai em 1990.

Em Março de 1990 toca acompanhado de B. B. King, concretizando um sonho antigo.

A seguir editará outro disco duplo ("Auto da Pimenta"), uma encomenda da Comissão para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, o qual se revelará um fracasso na opinião da crítica e terá pouco impacto comercial, se comparado com o seu antecessor.

Desloca-se aos Estados Unidos, onde grava com Nuno Bettencourt (Extreme), o tema "Maubere", a favor da causa Timorense.

Em 1995 sai o CD "Lado Lunar" que é o 13.º Disco de Platina recebido pelo autor.

Junta-se ao projecto Rio Grande com quem grava os discos "Rio Grande" e "Um dia de Concerto"..

Em 1998 é editado o disco "Avenidas" que nos mostra um Rui Veloso mais calmo e com mais vagar ("Do meu Vagar" é o tema emblemático deste disco). Gravado em Inglaterra, com músicos ingleses e produção de Luís Jardim, este disco contém, como curiosidade, um tema cantado em inglês.

Em 1999 compõe o tema "Não me mintas", com letra de Carlos Tê, para o filme "Jaime" de António Pedro Vasconcelos. Dirige também a parte musical da série de televisão da TVI "Todo o tempo do Mundo".

Rui Veloso é hoje uma espécie de instituição da Pop Nacional. Já nada tem a ver com o magrinho de bigode que cantava o "Chico Fininho". No entanto, a sua evolução como músico tem sido notória e o seu refinamento como artista e autor, também.

* O titulo "O Tio do Rock Português" pretende significar que o cronista, ao contrário do que se diz, não considera Rui Veloso o pai do Rock Português, porque antes dele já muitos outros grupos tinham cantado Rock em Português. Só que esses grupos nunca conseguiram ter o impacto que Rui Veloso conseguiu com o seu disco de estreia.


ARISTIDES DUARTE / NOVA GUARDA

O Concerto Acústico (2CD, EMI, 2003)

Espuma das Canções (CD, EMI, 2005)

Em 2007 é editado um livro de Ana Mesquita com a biografia de Rui Veloso.

(1) O single torna-se desde logo Disco de Platina e esteve mesmo na origem de um filme com o mesmo nome realizado por Sério Fernandes. Rui Veloso ganha um Sete de Ouro para "Revelação do Ano" e outro por "Melhor Álbum do Ano". Em 2001, a comemorar o 20º aniversário do lançamento do disco, foi lançada uma versão remasterizada de "Ar do Rock".

(2) Em 1981 compõe a música "Rock dos Bons Malandros" para o filme “Crónica dos Bons Malandros” baseado no livro de Mário Zambujal.

(3) «Dedicado a todos os que não lêem neste país, especialmente a Carolina Tê, avó e anciâ do douro litoral cuja evocação desencadeou este tema.»(CT) Seria gravado, mais tarde, por Isabel Silvestre e Canto Nono.

(4) O nome escolhido inicialmente foi "Os Vês Pelos Bês" só assim faz sentido a citação do livro "O Planalto e a Vida" de Onofre Barroso que aparece no disco.

(5) Colabora com outros artistas como Nuno da Câmara Pereira [Fado do Ladrão Enamorado" foi escrito em 1987 para Nuno da Câmara Pereira, que o gravou no álbum "A Terra, o Mar e o Céu"], Lara Li ["Jura" - cantado em 1986 por Né Ladeiras e gravado por Lara Li no seu álbum "Quimera"], Lena d'Água ["Aguaceiro" de 1987], Mucavele ou Dany Silva.

(6) Forma uma nova banda para pôr de pé o disco "Mingos & Os Samurais". Carlos Tê baptiza-os de "Os Optimistas", composta por Mário Barreiros (guitarras e direcção musical), Manuel Paulo (piano, sintetizador, acordeão e voz), Manuel Costa Reis (bateria e voz), Alexandre Manaia (Hammond, sintetizador, guitarra, percussão e voz), Hernâni Teixeira (baixo) e Dalú (percussões). Em Maio de 1991 recebe o Galardão "Best Selling Portuguese Artist" dos "World Music Awards". "Poemas e Camisolas" chega a ser tocado nos discos pré-Mingos mas não aparece no disco.

(7) Algumas das canções já existiam mas nunca tinham sido gravadas: «'Jura', que já tem a provecta idade de 13 anos (e que esteve para ser gravado aquando do 'Porto Covo'), passando pelo 'Presépio de Lata', que tem uns dez, e pelo 'Golden Days', que anda por uns seis ou sete (cinco, propõe o Rui). E passando também pelo 'Avenidas' e o 'Moby Dick' (com letras de Clara Pinto Correia) e o 'Corações Periféricos' - que já tem para aí oito ou nove anos.» CT/Expresso

DISCOGRAFIA

Ar de Rock (LP, EMI, 1980)
Fora de Moda (LP, EMI, 1982)
Guardador de Margens (LP, EMI, 1983)
Rui Veloso (LP, EMI, 1986)
Rui Veloso ao vivo (2LP, EMI, 1988)
Mingos & Os Samurais (2LP, EMI, 1990)
Auto da Pimenta (2CD, EMI, 1991)
Lado Lunar (CD, EMI, 1995)
Avenidas (CD, EMI, 1998)
O Melhor de Rui Veloso - 20 anos depois (Compilação, EMI, 2000)
O Concerto Acústico (2CD, EMI, 2003)
Espuma das Canções (CD, EMI, 2005)

SINGLES

Chico Fininho/Saiu Para a Rua (Single, EMI, 1980)
A Rapariguinha do Shopping/Bairro do Oriente (Single, EMI, 1981)
Um Café e Um Bagaço/Cinefelicidade (Single, EMI, 1981).
A Minha Namorada Até Fala Estrangeiro/Ó Clotilde (Single, EMI, 1982)
Estrela do Rock and Roll/Esta Mulher É a Minha Ruína (Single, EMI, 1982)
Costa Verde/Costa Verde (Instrumental) (Single, EMI, 1984).
A Ilha/Dança dos Modernos (Single, EMI, 1984)
Rock da Liberdade/ (Instrumental) (Single, EMI, 1986).
Porto Côvo/A Origem do Mal (Single, EMI, 1987)
Porto Sentido/Bairro do Oriente (Single, EMI, 1987)
O Negro do Rádio de Pilhas/África (Single, EMI, 1987)
O Negro do Rádio de Pilhas (Máxi, EMI, 1987)
Saíu Para a Rua/Fado do Ladrão Enamorado/Everyday I Had The Blues/A Ilha (Máxi, EMI, 1988)
Não Há Estrelas No Céu/Mago do Bilhar (Single, EMI, 1990)
A Paixão (Segundo Nicolau da Viola)/Fio de Beque (Single, EMI, 1990)
Logo Que Passe A Monção/Lançado (Single, EMI, 1991)
Maubere/A Morte Saiu à Rua/A Ilha/Guardador de Margens (Single, EMI, 1992).
Não Me Mintas/Jura (Single, EMI, 1999).
Ser Igual (Single, Fenacerci, 2001).
Nunca Me Esqueci de Ti/Nunca Me Esqueci de Ti (Com Palmas) (Single, EMI, 2003)
Os Velhos do Jardim (radio edit)/Os Velhos do Jardim (VERSÃO ÁLBUM) (Single, EMI, 2004)
Temos Um Sonho (Single, EMI, 2004).

PapaNJam

Mensagens : 2854
Data de inscrição : 03/04/2008
Localização : Lisboa

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos