Músico português inventa guitarra mutante
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Músico português inventa guitarra mutante
A BLITZ falou com Miguel Filipe, o criador de uma exclusiva guitarra portuguesa eléctrica. Produto de origem nacional chama-se Novembro P1.
A ideia podia ter sido mais uma daquelas que acabam por ficar na mesa de um café: adaptar a singular guitarra portuguesa a um registo mais rock, sem perder o essencial - que é como quem diz a portugalidade - do instrumento. Mas não foi - A BLITZ falou com Miguel Filipe, músico, designer gráfico, ilustrador e mentor dos lisboetas Novembro, primeiro álbum editado em Fevereiro deste ano e segundo a caminho, o homem por detrás de uma nova guitarra mutante, a Novembro P1.
"A guitarra portuguesa eléctrica surgiu de uma conversa de café que tive com o nosso produtor, Tiago Lopes, horas antes de conhecer o estúdio onde haveria de misturar o álbum À Deriva ", lembra o músico em conversa com a BLITZ.
"Dizia-lhe que procurava uma forma de adaptar a guitarra portuguesa a um setup mais rock sem no entanto perder o essencial do instrumento. E visto que toco e canto de pé, uma revisão tornava-se urgente. A guitarra Portuguesa que usava, com um pick-up instalado no seu interior, começava a revelar-se incompatível com os restantes instrumentos que compõem os Novembro", adianta.
Apesar do entusiasmo, a criação acabou por ficar em stand-by durante mais de um ano, enquanto a banda ultimava o primeiro trabalho de estúdio. Já depois do lançamento de À Deriva , Miguel Filipe falou com o fabricante de instrumentos João Pessoa e decidiu materializar o intrumento.
"Falei com o João Pessoa que tem um historial rico na construção de guitarras-mutante, enviando-lhe de seguida um desenho de como a imaginava (...) Basicamente o que lhe pedi foi uma guitarra eléctrica com um braço de Portuguesa ( com o mesmo leque da tradicional ) e corpo com o formato da lágrima. Pedi-lhe para não colocar a voluta pois achei que este ornamento já não faz muito sentido, pelo menos no contexto em que vejo os Novembro".
Pediu-lhe também que fosse negra, mas o resultado, pouco mais de um mês depois, surgiu com as cores invertidas.
Satisfeito? "A sonoridade está muito próxima de uma guitarra portuguesa acústica, quando a ligamos a um amplificador. Mas comporta distorção e efeitos sem qualquer problema e ombreia sem problemas com um set de baixo, guitarra eléctrica e bateria.Quanto à ergonomia, como dispensa a caixa de ressonância, é mais estreita (sendo mais fácil tocar de pé ) e mais pesada", resume o músico.
"Procurei criar uma ponte de acessibilidade para a guitarra Portuguesa. E sendo eu um guitarrista medíocre ( sem falsas modéstias ) creio que poderei dar um bom barómetro", acresenta.
Para ouvir a Novembro P1, basta esperar pelo próximo álbum da banda, previsto para 2009. Em declarações à BLITZ, Miguel Filipe adiantou o nome do trabalho, Exército de fantasmas e prometeu para breve o primeiro single.
Composição da Novembro P1
Construção: Set-neck (braço colado ao corpo).
Corpo: 3 peças. Centro em Cedro vermelho, laterais em Mogno.
Tampo: Amieiro 2 peças com friso em acer (maple).
Braço: 1 peça. Acer (maple).
Escala: maple 18"comprimento, 7.5" de raio , tastes jumbo.
Pickup: AGX-125 cristal piezo (Fishman).
PréAmp: 9 volt Power Jack Endpin (Fishman).
Controles: 1 volume 20K, 1 tonalidade 20K.
Ferragem: Leque e atadilho (casa Castanheria) pinos decorreia(JimDunlop StrapLock).
Acabamento: Nitrocelulose Cera.
A ideia podia ter sido mais uma daquelas que acabam por ficar na mesa de um café: adaptar a singular guitarra portuguesa a um registo mais rock, sem perder o essencial - que é como quem diz a portugalidade - do instrumento. Mas não foi - A BLITZ falou com Miguel Filipe, músico, designer gráfico, ilustrador e mentor dos lisboetas Novembro, primeiro álbum editado em Fevereiro deste ano e segundo a caminho, o homem por detrás de uma nova guitarra mutante, a Novembro P1.
"A guitarra portuguesa eléctrica surgiu de uma conversa de café que tive com o nosso produtor, Tiago Lopes, horas antes de conhecer o estúdio onde haveria de misturar o álbum À Deriva ", lembra o músico em conversa com a BLITZ.
"Dizia-lhe que procurava uma forma de adaptar a guitarra portuguesa a um setup mais rock sem no entanto perder o essencial do instrumento. E visto que toco e canto de pé, uma revisão tornava-se urgente. A guitarra Portuguesa que usava, com um pick-up instalado no seu interior, começava a revelar-se incompatível com os restantes instrumentos que compõem os Novembro", adianta.
Apesar do entusiasmo, a criação acabou por ficar em stand-by durante mais de um ano, enquanto a banda ultimava o primeiro trabalho de estúdio. Já depois do lançamento de À Deriva , Miguel Filipe falou com o fabricante de instrumentos João Pessoa e decidiu materializar o intrumento.
"Falei com o João Pessoa que tem um historial rico na construção de guitarras-mutante, enviando-lhe de seguida um desenho de como a imaginava (...) Basicamente o que lhe pedi foi uma guitarra eléctrica com um braço de Portuguesa ( com o mesmo leque da tradicional ) e corpo com o formato da lágrima. Pedi-lhe para não colocar a voluta pois achei que este ornamento já não faz muito sentido, pelo menos no contexto em que vejo os Novembro".
Pediu-lhe também que fosse negra, mas o resultado, pouco mais de um mês depois, surgiu com as cores invertidas.
Satisfeito? "A sonoridade está muito próxima de uma guitarra portuguesa acústica, quando a ligamos a um amplificador. Mas comporta distorção e efeitos sem qualquer problema e ombreia sem problemas com um set de baixo, guitarra eléctrica e bateria.Quanto à ergonomia, como dispensa a caixa de ressonância, é mais estreita (sendo mais fácil tocar de pé ) e mais pesada", resume o músico.
"Procurei criar uma ponte de acessibilidade para a guitarra Portuguesa. E sendo eu um guitarrista medíocre ( sem falsas modéstias ) creio que poderei dar um bom barómetro", acresenta.
Para ouvir a Novembro P1, basta esperar pelo próximo álbum da banda, previsto para 2009. Em declarações à BLITZ, Miguel Filipe adiantou o nome do trabalho, Exército de fantasmas e prometeu para breve o primeiro single.
Composição da Novembro P1
Construção: Set-neck (braço colado ao corpo).
Corpo: 3 peças. Centro em Cedro vermelho, laterais em Mogno.
Tampo: Amieiro 2 peças com friso em acer (maple).
Braço: 1 peça. Acer (maple).
Escala: maple 18"comprimento, 7.5" de raio , tastes jumbo.
Pickup: AGX-125 cristal piezo (Fishman).
PréAmp: 9 volt Power Jack Endpin (Fishman).
Controles: 1 volume 20K, 1 tonalidade 20K.
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