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Tina Turner-1956(2)

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Mensagem  PapaNJam Qua Jun 25, 2008 10:20 am

Anos 70
Por volta de 1970, o casamento de Tina Turner foi se desgatando cada vez mais e mais. Em 1971 Ike e Tina gravaram a música Proud Mary, que foi um grande sucesso rendendo um Grammy. Em 1973 Tina compôs a sua primeira musica, Nutbush City Limits, grande sucesso no mundo inteiro. Por causa do uso das drogas, Ike tornava-se cada vez mais agressivo, fisicamente, com Tina. O número de turnês e venda de discos caíram. Apesar do sucesso de Tina Turner durante sua atuação no filme Tommy (em que ela cantou sozinha - sem Ike - Acid Queen). Ike culpava Tina pelo declínio da carreira. Depois de uma briga violenta com Ike poucas horas antes de uma apresentação em Dallas, Tina decidiu deixar Ike, fugindo com trinta e seis centavos de dólar no bolso e um cartão de crédito de um posto de gasolina. Nos meses seguinte, ela se escondeu de Ike em casas de amigos, já que sua família a "abandonou".

Após 18 anos de casamento, Tina se separou de Ike legalmente, exigindo apenas o seu nome artístico, que, segundo ela, lutou muito por ele, não pedindo mais nada em troca, deixando todas as suas roupas e suas jóias a Ike. Para ganhar a vida, Tina decidiu fazer faxina na casa de amigos e partir para carreira solo, com apresentações em alguns programas e quadros de TV, como The Hollywood Squares, Donny and Marie, The Sonny & Cher Comedy Hour.


Carreira Solo

[editar] A Fase Obscura (1974 - 1979)
Mesmo vivendo sob as agressões físicas constantes de Ike, Tina decidiu ingressar numa carreira solo, a princípio, paralela com a que construíra ao lado do marido. Seu primeiro disco, "Tina Turns The Country On" saiu em 1974 logo após o sucesso de "Nutbush City Limits". Além de compor, Tina agora cantava sem Ike e já estava pronta para seguir o seu caminho. O álbum vendeu bem, chegou a receber uma nomeação ao Grammy na categoria "Melhor Vocal Feminino de R&B" e trazia hits do pop/rock até então como "He Belongs To Me" (Bob Dylan) e "Don't Talk Now" (James Taylor) na voz de uma cantora negra, o que para muitos soava estranho. Não houve muita repercussão, mas as vendas garantiram a escolha da música "The Love That Lights Our Way" como tema do filme "The Autobiography of Miss. Jane Pittman", além de lhe abrir as portas para o universo cinematográfico.

O segundo disco veio juntamente com o sucesso de sua personagem "The Acid Queen" na ópera-rock "Tommy", de 1975. O filme recebeu duas nomeações ao Oscar e garantiu-lhe uma vendagem satisfatória, embora a versão da música composta por Pete Townshend, em seu disco, seja diferente a da versão original lançada na trilha sonora. Entretanto o álbum ainda trouxe composições de Ike Turner e um cover de "Whole Lotta Love", que marcou #61 na categoria R&B da Billboard em 1976. As canções de Ike presentes no álbum eram reflexo do quanto era contraditória qualquer possibilidade de independência almejada pela cantora, mantendo-a presa a aquela situação. Com o fim do casamento, vieram as primeiras tentativas de incursão propriamente dita numa carreira artística, sem a presença de Ike.

Em meio a esse período de transição, o terceiro álbum "Rough" veio em 1978 como fruto da necessidade de Tina em se sentir absolutamente livre, gravando composições de grandes ídolos da música pop (Elton John, Ray Charles) e apresentando, pela primeira vez, uma estratégia comumente usada em seus álbuns posteriores. Mesmo assim fracassou nas vendas, apesar de Tina seguir com ele uma turnê exaustiva e até fazendo shows de graça na tentativa de reconquistar a sua popularidade. Foi uma fase difícil de muito empenho e poucos resultados. Músicas ótimas compunham o álbum (Root, Root Undisputable Rock n' Roller), mas os hits não emplacavam por estarem arraigados aos mesmos estilos influenciados pelo Ike. Era preciso se reciclar com músicas modernas que atingisse em cheio o gosto popular e o carisma dos jovens. Além disso era como se a sombra de Ike estivesse sempre presente, fazendo com que Tina fosse vista pela imprensa como uma cantora decadente à beira dos 40 anos por viver, naquela época, às custas de familiares e amigos sem a separação oficial.

Por fim veio "Love Explosion" no ano de 1979. Já intencionada em seguir tais objetivos de modernização, o álbum apresentou uma produção caprichada que ficou a cargo de Leo Sayer e do egípcio Alec R. Costandinos, na época um dos maiores produtores artísticos da era disco e dono, inclusive, de uma orquestra própria. Um pouco melhor, mas o público não estava convencido ainda, principalmente porque "Love Explosion" trazia as mesmas formulas já bastante desgastadas por outros artistas do ramo nos anos anteriores. O hit "Backstabbers", cover do The O'Jays, fracassou nos charts e fez com que a gravadora vetasse o lançamento do single de "Sunset On Sunset", vendo que os discos encalhavam nas lojas. Era preciso que Tina se retirasse de cena e resolvesse os problemas particulares que ainda a afligiam, como a não-separação oficial de Ike e os problemas financeiros ocasionados pela demora na decisão da justiça em partilhar os bens.


[editar] Private Dancer (1983 - 1986)
Ainda no início dos anos 80, com a separação oficial declarada, Tina empenhou-se unicamente na tentativa de recuperar o seu sucesso. Em 1982, Tina deu início a turnê Nice 'N' Rough pelos Estados Unidos investindo na repercussão da música "Givin It Up For Your Love", que mais tarde voltaria a cantar nas turnês "What's Love? Live Tour" e "Wildest Dreams Tour" entre os anos de 1994 a 1997. Em 1983, para ajudar a recuperar sua carreira, o cantor All Green concedeu a Tina os direitos de cantar Let's Stay Together, um grande sucesso que marcou #32 no chart da Billboard e saiu no album Private Dancer, imortalizando-se na voz de Tina. Conta All Green que Tina deu uma roupagem à nova música e uma introdução (de lenta para rítmica) como ele jamais havia imaginado.

Foi o ano de 1984 quando Tina lançou seu album solo mais importante e um dos mais vendidos da história até hoje, conquistando prêmios pelo mundo todo. Durante a turnê, "Private Dancer" vendeu mais de 5 milhões de cópias só nos EUA, impulsionado por hits como a música-título "Private Dancer" (composta por Mark Knopfler) (#7), "Better Be Good To Me" (5#), "Show Some Respect" (37#), "I Can't Stand The Rain" (cover de Ann Peebles) (57#), "Help" (40#) (cover dos Beatles numa nova e irreconhecível roupagem). O maior sucesso de toda a sua carreira, "What's Love Got To Do With It" (#1), manteve a mesma colocação durante três semanas e resultou em três Grammys. "Better Be Good To Me" ganhou mais um Grammy e o album concorreu a mais dois Grammys. "Private Dancer" rendeu 5 discos de platina e o clipe da música "What's Love Got To Do With It" rendeu o premio MTV de melhor clipe.

Em 1985 lançou mais musicas inéditas num show promovido no estado de Alabama e que saiu num VHS intitulado Private Dancer Live, cantando "It's Only Love" (15#) ao lado de Bryan Adams, "Tonight" (52#) com David Bowie e com quem dividiu o palco em duas versões de "Let's Dance". Não podendo concretizar uma grande turnê por causa da sua quantidade de compromissos, Tina recusou o papel de Shug Avery no filme The Color Purple, onde contracenaria ao lado de Oprah Winfrey, para escrever a sua auto biografia intitulada "I, Tina", que trasformou-se um best-seller em vendas. No mesmo ano Tina foi convidada para participar do USA For Africa e juntou-se a diversos artistas do momento para cantar "We Are The World", música composta por Michael Jackson e Lionel Richie.

Foi durante a premiação no Grammy que Tina recebeu o convite para encarnar a personagem Aunty Entity no épico "Mad Max Beyond Thunderdome", de 1985, e emplacou o hit "We Don't Need Another Hero" na posição #2 da Billboard Hot 100, mantendo-a por várias semanas. No entanto foi "One Of The Living", outro hit seu subseqüente do sucesso fílmico e que estreou na posição #15 da Billboard, que lhe rendeu um Grammy. Considerada por muitos como um clássico art-metal, "One Of The Living" foi composta pela mesma Holly Knight de Better Be Good To Me e, posteriormente, The Best. A música "We Don't Need Another Hero", primeiro lugar em mais de cinco paises, concorreu ao Grammy e, mesmo sem levar títulos, ganhou o Globo de Ouro e o prêmio de melhor clip promovido pela MTV.


Break Every Rule (1986-1989)
Em 1986, Tina lança seu sexto álbum solo, “Break Every Rule”. O álbum foi outro grande sucesso de venda e, junto com o CD, veio uma grandiosa turnê mundial, tornando-se uma das turnês mais bem sucedidas de todos os tempos. O álbum trouxe o single "Typical Male", que garantiu a segunda posição no ranking “Billboard Hot 100” e a primeira posição no “United World Chart” e uma indicação ao Grammy.Alem de Typical Male, o álbum trouxe tambem os sucessos "What You Get Is What You See" (13#), "Two People" (30# na Billboard, e 3#US AC), "Paradise Is Here" (78#UK) e "Back Were You Started" (9#US Rock) que lhe rendeu o grammy de melhor desempenho vocal feminino em Rock.“Break Every Rule” rendeu três discos de platina.

Tina Turner ganhou popularidade por toda Europa. Ela mudou-se para lá permanentemente em 1986, com o seu namorado Erwin Bach, executivo alemão da EMI Records e que mora com a cantora a te hoje. A região escolhida foi em Goldküste (literalmente falando, “A Costa de Ouro”), a maior região exclusiva do distrito de Zurich, Switzerland, alem de uma casa em Villefrache e em Beverlly Hills.

Durante a turnê “Break Every Rule”, Tina Turner entrou para o Guinness Book quando cantou para um enorme público pagante em 1988, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Mais de 184 mil fãs se reuniram para assistir ao show da cantora. O concerto foi promovido pela Pepsi, que, na época, tinha Tina como garota-propaganda, e foi transmitido ao vivo para todo o planeta.

Em 1988, Tina Turner lançou o álbum “Tina Live in Europe”, um cd duplo que trazia apenas musicas ao vivo e seis musicas novas, como uma das musicas mais famosas de sua carreira, "Addicted To Love" (72#), e conquistou o seu oitavo e último Grammy.

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