Pj Harvey-1992
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Pj Harvey-1992
Polly Jean Harvey (Yeovil, Somerset, 9 de Outubro de 1969) é uma cantora britânica, considerada uma das mais importantes artistas de sua geração e um dos ícones do rock da década de 90, influenciando vários artistas de sua época e posteriormente. Nascida na região do Dorset, na Inglaterra, PJ cresceu na zona rural e trabalhava na propriedade rural de seus pais. Dentre muitas tarefas, Polly castrava ovelhas. No fim da adolescência mudou-se para Yeovil, onde cursou faculdade e começou a formar sua carreira musical.
PJ baseia seu trabalho em criar contos fictícios sobre os mais variados temas, sempre prezando por explorar atmosferas densas, que vão desde canções lo-fi, ásperas e pesadas, até climas lúgubres, obscuros e delicados como em seu último trabalho, o álbum White Chalk de 2007. Polly declara que seu maior objetivo é sempre não se repetir e produzir trabalhos antônimos a seus antecessores.
No íncio de sua carreia, Polly Jean formava um trio com o baterista Rob Ellis e o baixista Steve Vaughn. O conjunto, porém, levava o nome da vocalista, pois segundo Polly, era evidente que seria mais um projeto temporário do que uma banda. Seu álbum de estréia, Dry, de 1992 rendeu a cantora popularidade no Reino Unido e sua imagem masculinizada, devido a seu isolamento no Dorset, onde convivia com uma presença masculina maior, aliada a suas canções, criaram um rótulo feminista para PJ, que admite que na época, sob um ponto de vista, seu trabalho poderia sim ser considerado como engajado em causas femininas. Naquela época, PJ explorou temas instrínsecos a sexualidade feminina e ganhou notoriedade aos 21 anos ao retratar com maturidade e sinceridade temas complexos de forma crua e direta.
Em 1993, o trio lança o álbum Rid Of Me, um dos mais importantes e influentes trabalhos da carreira da cantora. Com uma atmosfera pesada e canções agressivas, sobre possessividade, loucura e vários temas de comportamentos humanos extremos, Polly diz que tinha em mente fazer um trabalho para definitivamente dizer não a quaisquer moldes em que deveria se encaixar na indústria fonográfica. Rid Of Me rendeu alguns hits grunge para a década de 90, entrou para listas da Rolling Stone dos 100 Albuns Essencias do Rock and Roll e no Top 10 dos Albuns Essenciais da Década de 90. A carreira do trio expandiu-se para logo em seguida terminar e Polly seguir carreira solo.
Dois anos depois, é lançado o terceiro album sob o nome de PJ e seu primeiro álbum solo, To Bring You My Love que estabeleceu PJ definitivamente como um dos ícones da década. To Bring You My Love rendeu vários elogios da crítica e Polly figurou por várias listas de melhores álbuns e artistas do ano. Experimentando climas mais envolventes e uma sonoridade muito mais complexa, refinada, com influência massiva de blues e prezando melodias ao ritmo. O primeiro single, Down By The Water popularizou o álbum, teve seu vídeo clipe exibido assiduamente na MTV e expôs a nova imagem de PJ, excessivamente feminina e montada para a canção de uma prostituta que afoga a própria filha num rio. O álbum foi o primeiro trabalho de PJ a alacançar as cifras de um milhão de cópias vendidas. Sua turnê foi extensa e debilitante.
Após a fase de trabalho agitada de To Bring You My Love, era visível em sua extrema magreza que a cantora estava sofrendo de distúrbios alimentares - nunca confirmados - e admitiu ter passado por uma fase difícil de fim de relacionamento, com o cantor Nick Cave com quem fez algumas colaborações. Em 1996, em parceria com o músico e intrumentista John Parish - com quem produziu o álbum de 1995 - Polly grava o álbum Dance Hall At Louse Point, um projeto despretencioso e vanguardista no qual os dois músicos exploram uma veia mais blues e folk, porém, um dos trabalhos mais melancólicos, belos e ofuscados na discografia da cantora. Dance Hall ganhou uma pequena turnê mas permaneceu, como era para ser, como um ítem de colaboração.
1998 é o ano de lançamento de Is This Desire?, o quarto álbum de PJ e seu trabalho mais díficil - tanto em assimilação como produção. Polly afirma que foi o trabalho mais difícil de sua carreira devido a uma fase ruim de sua vida. O album é voltado para uma sonoridade mais eletronizada, tétrica e nebulosa que emolduram as composições mais cerebrais e apuradas da carreira da cantora, em uma compilação de vários contos permeados por uma atmosfera apática e moribunda. A crítica se dividiu na opinião sobre o álbum, mas para a cantora é seu álbum divisor de águas e do qual mais se orgulha de ter feito.
Nos anos seguintes, Polly mudou-se para Nova Iorque, produzindo álbuns de outros artistas e fazendo colaborações. Em 2001, lançou Stories from the City, Stories from the Sea no qual apenas pretendia criar as canções mais belas que conseguisse fazer, tentando flertar com a música pop. Definitivamente, Stories é seu álbum mais pop e uma das maiores vendagens da cantora, principalmente nos Estados Unidos, uma vez que criou suas histórias tendo Nova Iorque e o Dorset como pano de fundo: PJ sistematizou emoções e percepções que se enquadrariam no espírito da cidade e outros no espírito de sua terra, além-mar, fazendo uma comparação subjetiva sobre os dois cenários.
Somente em 2004 Polly volta a lançar novo trabalho. Dessa vez, PJ dispensou produtores e colaboradores, tentanto realizar uma de suas maiores ambições como artista, produzindo um álbum sozinha. O resultado para PJ não foi muito efetivo. Uh Huh Her agradou ao público e crítica mas permanece para a cantora como seu trabalho menos eficaz: não apresenta nenhum novo panorama musical e repete seus trabalhos anteriores. Mesmo assim, o álbum rendeu uma turnê mais extensa e incluindo novas localidades como o Brasil.
Entretanto, em 2007, PJ obtém novamente sucesso em seus princípios de produção. Abandonando sua sonoridade rock e a guitarra que tanto caracteriza a cantora, Polly dedica-se a aprender píano e explorar a sonoridade de outros instrumentos, declarando-se saturada criativamente de produzir com a guitarra. O resultado é o álbum White Chalk que foi instantâneamente considerado pela crítica o álbum mais estranho e ímpar da carreira da cantora. White Chalk é atemporal e contextualmente deslocado e metafórico e, sem dúvida, o álbum mais atmosférico da carreira da cantora, majoritariamente baseado em piano e com melodias obscuras, frágeis e líricas, é segundo a cantora o primeiro álbum que está mais intrínseco a sua terra natal, o Dorset. A crítica elogiou muito o trabalho, considerou-o, além de tudo, um dos mais belos da carreira de PJ, mas o público se dividiu entre fãns que não gostaram da mudança brusca de sonoridade e aqueles que absorveram sem problemas a mudança de rumos. Diferente da turne do álbum Uh Huh Her, PJ faz sua primeira turnê solo com apresentações escassas.
Para 2008, Polly Jean já confirma mais um álbum de parceria, novamente com John Parish, que também produziu White Chalk.
Discografia
Too Pure - The Peel Sessions, 1992, com o Stereolab e o Th'Faith Healers.
Dry, 1992.
Rid of Me, 1993.
4-Track Demos, 1993.
To Bring You My Love, 1995.
Dance Hall at Louse Point, 1996, com John Parish.
Is This Desire?, 1998.
Stories from the City, Stories from the Sea, 2000.
Uh Huh Her, 2004.
Peel Sessions, 2006.
White Chalk, 2007.
www.PJHarvey.net
PJ baseia seu trabalho em criar contos fictícios sobre os mais variados temas, sempre prezando por explorar atmosferas densas, que vão desde canções lo-fi, ásperas e pesadas, até climas lúgubres, obscuros e delicados como em seu último trabalho, o álbum White Chalk de 2007. Polly declara que seu maior objetivo é sempre não se repetir e produzir trabalhos antônimos a seus antecessores.
No íncio de sua carreia, Polly Jean formava um trio com o baterista Rob Ellis e o baixista Steve Vaughn. O conjunto, porém, levava o nome da vocalista, pois segundo Polly, era evidente que seria mais um projeto temporário do que uma banda. Seu álbum de estréia, Dry, de 1992 rendeu a cantora popularidade no Reino Unido e sua imagem masculinizada, devido a seu isolamento no Dorset, onde convivia com uma presença masculina maior, aliada a suas canções, criaram um rótulo feminista para PJ, que admite que na época, sob um ponto de vista, seu trabalho poderia sim ser considerado como engajado em causas femininas. Naquela época, PJ explorou temas instrínsecos a sexualidade feminina e ganhou notoriedade aos 21 anos ao retratar com maturidade e sinceridade temas complexos de forma crua e direta.
Em 1993, o trio lança o álbum Rid Of Me, um dos mais importantes e influentes trabalhos da carreira da cantora. Com uma atmosfera pesada e canções agressivas, sobre possessividade, loucura e vários temas de comportamentos humanos extremos, Polly diz que tinha em mente fazer um trabalho para definitivamente dizer não a quaisquer moldes em que deveria se encaixar na indústria fonográfica. Rid Of Me rendeu alguns hits grunge para a década de 90, entrou para listas da Rolling Stone dos 100 Albuns Essencias do Rock and Roll e no Top 10 dos Albuns Essenciais da Década de 90. A carreira do trio expandiu-se para logo em seguida terminar e Polly seguir carreira solo.
Dois anos depois, é lançado o terceiro album sob o nome de PJ e seu primeiro álbum solo, To Bring You My Love que estabeleceu PJ definitivamente como um dos ícones da década. To Bring You My Love rendeu vários elogios da crítica e Polly figurou por várias listas de melhores álbuns e artistas do ano. Experimentando climas mais envolventes e uma sonoridade muito mais complexa, refinada, com influência massiva de blues e prezando melodias ao ritmo. O primeiro single, Down By The Water popularizou o álbum, teve seu vídeo clipe exibido assiduamente na MTV e expôs a nova imagem de PJ, excessivamente feminina e montada para a canção de uma prostituta que afoga a própria filha num rio. O álbum foi o primeiro trabalho de PJ a alacançar as cifras de um milhão de cópias vendidas. Sua turnê foi extensa e debilitante.
Após a fase de trabalho agitada de To Bring You My Love, era visível em sua extrema magreza que a cantora estava sofrendo de distúrbios alimentares - nunca confirmados - e admitiu ter passado por uma fase difícil de fim de relacionamento, com o cantor Nick Cave com quem fez algumas colaborações. Em 1996, em parceria com o músico e intrumentista John Parish - com quem produziu o álbum de 1995 - Polly grava o álbum Dance Hall At Louse Point, um projeto despretencioso e vanguardista no qual os dois músicos exploram uma veia mais blues e folk, porém, um dos trabalhos mais melancólicos, belos e ofuscados na discografia da cantora. Dance Hall ganhou uma pequena turnê mas permaneceu, como era para ser, como um ítem de colaboração.
1998 é o ano de lançamento de Is This Desire?, o quarto álbum de PJ e seu trabalho mais díficil - tanto em assimilação como produção. Polly afirma que foi o trabalho mais difícil de sua carreira devido a uma fase ruim de sua vida. O album é voltado para uma sonoridade mais eletronizada, tétrica e nebulosa que emolduram as composições mais cerebrais e apuradas da carreira da cantora, em uma compilação de vários contos permeados por uma atmosfera apática e moribunda. A crítica se dividiu na opinião sobre o álbum, mas para a cantora é seu álbum divisor de águas e do qual mais se orgulha de ter feito.
Nos anos seguintes, Polly mudou-se para Nova Iorque, produzindo álbuns de outros artistas e fazendo colaborações. Em 2001, lançou Stories from the City, Stories from the Sea no qual apenas pretendia criar as canções mais belas que conseguisse fazer, tentando flertar com a música pop. Definitivamente, Stories é seu álbum mais pop e uma das maiores vendagens da cantora, principalmente nos Estados Unidos, uma vez que criou suas histórias tendo Nova Iorque e o Dorset como pano de fundo: PJ sistematizou emoções e percepções que se enquadrariam no espírito da cidade e outros no espírito de sua terra, além-mar, fazendo uma comparação subjetiva sobre os dois cenários.
Somente em 2004 Polly volta a lançar novo trabalho. Dessa vez, PJ dispensou produtores e colaboradores, tentanto realizar uma de suas maiores ambições como artista, produzindo um álbum sozinha. O resultado para PJ não foi muito efetivo. Uh Huh Her agradou ao público e crítica mas permanece para a cantora como seu trabalho menos eficaz: não apresenta nenhum novo panorama musical e repete seus trabalhos anteriores. Mesmo assim, o álbum rendeu uma turnê mais extensa e incluindo novas localidades como o Brasil.
Entretanto, em 2007, PJ obtém novamente sucesso em seus princípios de produção. Abandonando sua sonoridade rock e a guitarra que tanto caracteriza a cantora, Polly dedica-se a aprender píano e explorar a sonoridade de outros instrumentos, declarando-se saturada criativamente de produzir com a guitarra. O resultado é o álbum White Chalk que foi instantâneamente considerado pela crítica o álbum mais estranho e ímpar da carreira da cantora. White Chalk é atemporal e contextualmente deslocado e metafórico e, sem dúvida, o álbum mais atmosférico da carreira da cantora, majoritariamente baseado em piano e com melodias obscuras, frágeis e líricas, é segundo a cantora o primeiro álbum que está mais intrínseco a sua terra natal, o Dorset. A crítica elogiou muito o trabalho, considerou-o, além de tudo, um dos mais belos da carreira de PJ, mas o público se dividiu entre fãns que não gostaram da mudança brusca de sonoridade e aqueles que absorveram sem problemas a mudança de rumos. Diferente da turne do álbum Uh Huh Her, PJ faz sua primeira turnê solo com apresentações escassas.
Para 2008, Polly Jean já confirma mais um álbum de parceria, novamente com John Parish, que também produziu White Chalk.
Discografia
Too Pure - The Peel Sessions, 1992, com o Stereolab e o Th'Faith Healers.
Dry, 1992.
Rid of Me, 1993.
4-Track Demos, 1993.
To Bring You My Love, 1995.
Dance Hall at Louse Point, 1996, com John Parish.
Is This Desire?, 1998.
Stories from the City, Stories from the Sea, 2000.
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