Os 20 discos seminais do Hard Rock -Part 2
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Os 20 discos seminais do Hard Rock -Part 2
11. Jimi Hendrix - “Are You Experienced?” (1967)
Uma tarefa difícil, senão impossível, é falar da importância e da influência de Jimi Hendrix sem ser trivial ou repetitivo. Todos seus álbuns tiveram alguma faceta criativa em especial, mas o primeiro foi provavelmente o de maior impacto. Gravado ao longo de seis meses entre diversas excursões entre a América e a Europa, “Are You Experienced?” logo estourou nas paradas. Curiosamente, a edição inglesa (que só perdeu o número um nos charts devido a “Sgt. Pepper’s”, dos Beatles) deixava de fora os hits anteriores “Purple Haze”, “The Wind Cries Mary” e “Hey Joe”, devidamente incorporadas no LP americano, distribuído pela gigantesca Warner-Reprise. Grande parte desse sucesso pode ser creditado à atuação do empresário e produtor Chas Chandler, que trouxe Jimi dos EUA e financiou de seu próprio bolso as gravações do primeiro compacto, o clássico “Hey Joe”.
12. Led Zeppelin - “Led Zeppelin II” (1969)
Tal qual ocorre com o Black Sabbath, todos guardam seu disco predileto do Led Zeppelin no coração. As opções são muitas, mais ainda se levarmos em conta a inimaginável quantidade de bootlegs lançados ao longo dos anos. O segundo álbum é sem dúvida um dos maiores e mais influentes trabalhos do hard rock de todos os tempos, recheado de clássicos do início ao fim. Poderia até mesmo, quem sabe, ser uma unanimidade total, se incluísse, por exemplo, “Since I’ve Been Loving You”, do álbum seguinte – um dos mais geniais blues em tom menor da história do hard rock!
13. Mountain - “Climbing!” (1970)
Nascido em Nova York a partir do encontro entre o guitarrista Leslie West e o produtor (e baixista) Felix Pappalardi (que haviam trabalhados juntos no primeiro álbum solo de Leslie, de 1969), o Mountain fez uma estréia em grande estilo, no Festival de Woodstock. Logo em seguida, gravam seu primeiro álbum propriamente dito, “Climbing!”, conseguindo imediatamente um grande sucesso nas paradas. Com o estilo de riffs de guitarra e a voz inconfundível de Leslie, aliados às melodias delicadas de Felix, mais a colaboração de Corky Laing (bateria, parceiro de Leslie até os dias de hoje) e Steve Knight (teclados), muitas faixas se tornaram clássicas, como a indefectível “Mississippi Queen” ou a sensacional versão (para muitos, a definitiva) de “Theme for an Imaginary Western”, de Jack Bruce. Após outros discos de sucesso como “Nantucket Sleighride” e “Flowers of Evil”, a banda começa a perder o pique. West e Laing gravam três álbuns com Jack Bruce (destaque para o belo “Why Dontcha”, de 1972), e em seguida fazem um derradeiro álbum como Mountain, o fraco “Avalanche” (1974). Felix Pappalardi retomou a carreira de sucesso como produtor, até ser vítima da “violência conjugal” em 1983, morto pela mulher com um tiro na cabeça.
14. Rainbow - “On Stage” (1977)
Este supergrupo formado por Ritchie Blackmore após sua saída do Deep Purple foi responsável, junto com o UFO de Michael Schenker, por alguns dos melhores álbuns e performances da segunda metade da década de 70. Com um repertório formado basicamente a partir do excelente material do primeiro disco de estúdio (não trazendo, infelizmente, a épica “Stargazer”, do segundo álbum), “On Stage” traz os bem conhecidos Ritchie, Dio, Cozy Powell, Jimmy Bain e Tony Carey (teclados) no auge da sua forma, rivalizando facilmente com o “Made in Japan” em qualidade musical, execução e registro. Pena que a partir da breve passagem de Graham Bonnet pela banda (registrada no já fraco disco “Down to Earth, de 1979, também com o baixista Roger Glover) as constantes mudanças de pessoal (resultado do ego incontrolável de Ritchie) tiveram um efeito nefasto no conjunto, conhecido a partir de então por discos lamentáveis, passagens embaraçosas e músicos muito aquém dos velhos dias de glória dos anos 70.
15. Steppenwolf - “Steppenwolf” (1968)
Para muitos, o Steppenwolf não passa de mais uma banda de um hit apenas, ou seja: “Born to Be Wild”. O que os incautos ignoram é a quantidade de bons discos lançados no curto e atribulado período (1968 a 1971) de existência do conjunto: 8 álbuns, ao todo. Para quem gosta de um, é difícil não gostar dos outros, tamanho o equilíbrio. De alguma forma, contudo, o primeiro trabalho se sobressai ao conjunto, tanto pelo excelente material quanto pela execução vigorosa e intensa das composições. Além de “Born to Be Wild”, o disco contém diversos outros clássicos do repertório da banda, como “Sookie Sookie” (de Cropper/Covey), “The Ostrich”, “Hootchie Kootchie Man” (Willie Dixon) e, principalmente, “The Pusher” (Hoyt Axton). Esta última música, executada desde o tempo em que a banda se chamava “Sparrow” e tinha acabado de chegar à California (vinda do Canadá), aparece também em uma sensacional versão de quase 30 minutos no disco “Early”, gravado em maio de 1967, que atesta inapelavelmente uma criatividade precoce e a enorme influência do Steppenwolf para o hard rock.
16. UFO - “Strangers in the Night” (1978)
Gravado no decorrer de uma enorme turnê americana (onde abriram muitos shows para o Blue Öyster Cult), “Strangers in the Night” é um marco na discografia do UFO. Foi registrado durante sua melhor fase, após o lançamento de seu álbum de estúdio de maior sucesso, “Lights Out” (1977), onde o tecladista Paul Raymond já integrava o conjunto, e imediatamente antes do guitarrista Michael Schenker abandonar a banda “em definitivo” pela primeira vez. O repertório é o melhor possível, uma sucessão imensa de clássicos como “Doctor Doctor”, “Rock Bottom”, “Lights Out”, “Love to Love”, “Too Hot to Handle” e muitos outros, todos tocados com uma energia incrível e eletrizante, em versões infinitamente superiores às respectivas gravações em estúdio. Não é à toa que os fãs insistem em afirmar que este é “o melhor álbum ao vivo de todos os tempos” (o que não parecia ser um título muito difícil de se obter nos anos 70...). Exageros à parte, os solos incríveis de Michael Schenker e o vocal firme e característico de Phil Mogg ajudaram a consolidar um estilo que viria a se tornar referência básica em hard rock, e influência para muitas bandas de heavy metal dos anos 80 aos dias de hoje.
17. Uriah Heep - “Demons and Wizards” (1972)
O ano de 1971 foi um marco na carreira do Uriah Heep. Após o lançamento de “Look at Yourself”, que obteve razoável sucesso tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos, a banda sofreu mais uma de suas inúmeras mudanças de formações: Lee Kerslake assumiu a bateria, e Gary Thain o baixo. Junto com Ken Hensley (teclados), Mick Box (guitarras) e David Byron (vocais), o conjunto assumiu sua formação clássica, responsável por seus melhores álbuns. “Demons and Wizards”, gravado no início do ano seguinte, foi o primeiro deles, e certamente o mais criativo. As composições, como o próprio título do álbum sugere, se voltaram para temas fantásticos, e para ilustrar esta mudança, Roger Dean foi chamado para produzir a capa (repetindo a dose no álbum seguinte, “The Magician’s Birthday”). O sucesso foi grande, principalmente nos EUA, graças à combinação dos teclados virtuosos de Hensley com a bela e poderosa voz de Byron, somados ao baixo nervoso e onipresente de Gary Thain, considerado por muitos um dos melhores baixistas de hard rock da história, ao lado de Bogert, Bruce e Entwistle.
18. Vanilla Fudge - “Renaissance” (1968)
Influência confessa de várias grandes bandas do início dos anos 70 (Deep Purple, por exemplo), o Vanilla Fudge começou sua carreira de sucesso em 1967, com uma versão de “You Keep Me Hanging On” (The Supremes), que logo se tornou um hit, abrindo as portas da banda para a gravadora Atlantic. Após dois álbuns bem recebidos pela mídia, que os rotulava de sucessores dos Beatles (consta que George Harrison era um fã, e adorava a versão de “Eleanor Rigby” do primeiro álbum, que por sinal era composto apenas por covers), a banda grava “Renaissance”, que marca seu amadurecimento musical, com composições próprias, mais longas e trabalhadas, praticamente inaugurando o estilo de hard baseado no órgão Hammond (o tecladista Mark Stein fez escola) e no virtuosismo instrumental. Após o fim da banda, Carmine Appice (baterista) e Tim Bogert (baixista) continuaram juntos por um tempo, gravando ainda ótimos álbuns com o Cactus e junto a Jeff Beck, no supergrupo “Beck, Bogert and Appice” (BBA) – ambos igualmente essenciais na história do hard rock.
19. The Who - “Who’s Next” (1971)
Depois do sucesso de “Tommy”, o grande projeto conceitual de Pete Townshend para o The Who era uma história de ficção científica chamada “Lifehouse”. Totalmente megalomaníaca, envolvendo, além de um álbum duplo, a produção de um filme, apresentações de teatro e concertos gigantescos, a idéia rapidamente se mostrou inviável. Entretanto, o grupo já estava meio de saco cheio da história toda (e da incapacidade de Townshend de completar o roteiro e explicar para todos o conceito do disco), quando o produtor associado Glyn Johns preparou uma seleção das faixas finalizadas e apresentou ao grupo, que de pronto aprovou a idéia. Como resultado, foi então lançado o álbum “Who’s Next”, para muitos o melhor e mais equilibrado trabalho de estúdio da fase hard da banda (que ficou conhecida, contudo, pelos seus memoráveis shows, marca registrada até os dias de hoje – enquanto restar algum membro vivo, ao menos). Apesar de não manter a proposta conceitual, a seleção de faixas do finado “Lifehouse” traz a banda no auge de seu processo criativo, com Pete, John, Keith e Roger mostrando no manejo habilidoso dos instrumentos a diferença básica que os destacava dentre seus antigos contemporâneos e conterrâneos de maior sucesso...
20. Wishbone Ash - “Argus” (1972)
O último disco desta lista, graças à sequência alfabética das bandas, é provavelmente um dos melhores álbuns de todos os tempos. Destaque absoluto na excelente discografia da banda, que também inclui discos essenciais como “Pilgrimage” (1971) e “There’s the Rub” (1974), “Argus” é o produto de um surto incrível de criatividade, poucas vezes igualado na história do rock. São sete faixas impecáveis, com arranjos belíssimos de duas guitarras (executadas por Andy Powell e Ted Turner), responsáveis, ao lado de bandas como o Allman Brothers e o Thin Lizzy, pela criação de um estilo musical que influenciou muitos conjuntos de heavy metal dos anos 80, como o Iron Maiden por exemplo. Com reconhecimento unânime da crítica e do público, “Argus” foi eleito o melhor álbum de 1972 pelos leitores de dois dos mais importantes jornais musicais ingleses da época, o “Melody Maker” e o “Sounds”, batendo discos tais como “Machine Head” e “Thick as a Brick”. Passeando sempre entre o hard e o rock progressivo (apesar da ausência de teclados), músicas como “Sometime World”, “The King Will Come”, “Warrior” e “Throw Down the Sword” são testemunhos incontestes da época mais rica e criativa dos dias de glória do rock inglês.
Uma tarefa difícil, senão impossível, é falar da importância e da influência de Jimi Hendrix sem ser trivial ou repetitivo. Todos seus álbuns tiveram alguma faceta criativa em especial, mas o primeiro foi provavelmente o de maior impacto. Gravado ao longo de seis meses entre diversas excursões entre a América e a Europa, “Are You Experienced?” logo estourou nas paradas. Curiosamente, a edição inglesa (que só perdeu o número um nos charts devido a “Sgt. Pepper’s”, dos Beatles) deixava de fora os hits anteriores “Purple Haze”, “The Wind Cries Mary” e “Hey Joe”, devidamente incorporadas no LP americano, distribuído pela gigantesca Warner-Reprise. Grande parte desse sucesso pode ser creditado à atuação do empresário e produtor Chas Chandler, que trouxe Jimi dos EUA e financiou de seu próprio bolso as gravações do primeiro compacto, o clássico “Hey Joe”.
12. Led Zeppelin - “Led Zeppelin II” (1969)
Tal qual ocorre com o Black Sabbath, todos guardam seu disco predileto do Led Zeppelin no coração. As opções são muitas, mais ainda se levarmos em conta a inimaginável quantidade de bootlegs lançados ao longo dos anos. O segundo álbum é sem dúvida um dos maiores e mais influentes trabalhos do hard rock de todos os tempos, recheado de clássicos do início ao fim. Poderia até mesmo, quem sabe, ser uma unanimidade total, se incluísse, por exemplo, “Since I’ve Been Loving You”, do álbum seguinte – um dos mais geniais blues em tom menor da história do hard rock!
13. Mountain - “Climbing!” (1970)
Nascido em Nova York a partir do encontro entre o guitarrista Leslie West e o produtor (e baixista) Felix Pappalardi (que haviam trabalhados juntos no primeiro álbum solo de Leslie, de 1969), o Mountain fez uma estréia em grande estilo, no Festival de Woodstock. Logo em seguida, gravam seu primeiro álbum propriamente dito, “Climbing!”, conseguindo imediatamente um grande sucesso nas paradas. Com o estilo de riffs de guitarra e a voz inconfundível de Leslie, aliados às melodias delicadas de Felix, mais a colaboração de Corky Laing (bateria, parceiro de Leslie até os dias de hoje) e Steve Knight (teclados), muitas faixas se tornaram clássicas, como a indefectível “Mississippi Queen” ou a sensacional versão (para muitos, a definitiva) de “Theme for an Imaginary Western”, de Jack Bruce. Após outros discos de sucesso como “Nantucket Sleighride” e “Flowers of Evil”, a banda começa a perder o pique. West e Laing gravam três álbuns com Jack Bruce (destaque para o belo “Why Dontcha”, de 1972), e em seguida fazem um derradeiro álbum como Mountain, o fraco “Avalanche” (1974). Felix Pappalardi retomou a carreira de sucesso como produtor, até ser vítima da “violência conjugal” em 1983, morto pela mulher com um tiro na cabeça.
14. Rainbow - “On Stage” (1977)
Este supergrupo formado por Ritchie Blackmore após sua saída do Deep Purple foi responsável, junto com o UFO de Michael Schenker, por alguns dos melhores álbuns e performances da segunda metade da década de 70. Com um repertório formado basicamente a partir do excelente material do primeiro disco de estúdio (não trazendo, infelizmente, a épica “Stargazer”, do segundo álbum), “On Stage” traz os bem conhecidos Ritchie, Dio, Cozy Powell, Jimmy Bain e Tony Carey (teclados) no auge da sua forma, rivalizando facilmente com o “Made in Japan” em qualidade musical, execução e registro. Pena que a partir da breve passagem de Graham Bonnet pela banda (registrada no já fraco disco “Down to Earth, de 1979, também com o baixista Roger Glover) as constantes mudanças de pessoal (resultado do ego incontrolável de Ritchie) tiveram um efeito nefasto no conjunto, conhecido a partir de então por discos lamentáveis, passagens embaraçosas e músicos muito aquém dos velhos dias de glória dos anos 70.
15. Steppenwolf - “Steppenwolf” (1968)
Para muitos, o Steppenwolf não passa de mais uma banda de um hit apenas, ou seja: “Born to Be Wild”. O que os incautos ignoram é a quantidade de bons discos lançados no curto e atribulado período (1968 a 1971) de existência do conjunto: 8 álbuns, ao todo. Para quem gosta de um, é difícil não gostar dos outros, tamanho o equilíbrio. De alguma forma, contudo, o primeiro trabalho se sobressai ao conjunto, tanto pelo excelente material quanto pela execução vigorosa e intensa das composições. Além de “Born to Be Wild”, o disco contém diversos outros clássicos do repertório da banda, como “Sookie Sookie” (de Cropper/Covey), “The Ostrich”, “Hootchie Kootchie Man” (Willie Dixon) e, principalmente, “The Pusher” (Hoyt Axton). Esta última música, executada desde o tempo em que a banda se chamava “Sparrow” e tinha acabado de chegar à California (vinda do Canadá), aparece também em uma sensacional versão de quase 30 minutos no disco “Early”, gravado em maio de 1967, que atesta inapelavelmente uma criatividade precoce e a enorme influência do Steppenwolf para o hard rock.
16. UFO - “Strangers in the Night” (1978)
Gravado no decorrer de uma enorme turnê americana (onde abriram muitos shows para o Blue Öyster Cult), “Strangers in the Night” é um marco na discografia do UFO. Foi registrado durante sua melhor fase, após o lançamento de seu álbum de estúdio de maior sucesso, “Lights Out” (1977), onde o tecladista Paul Raymond já integrava o conjunto, e imediatamente antes do guitarrista Michael Schenker abandonar a banda “em definitivo” pela primeira vez. O repertório é o melhor possível, uma sucessão imensa de clássicos como “Doctor Doctor”, “Rock Bottom”, “Lights Out”, “Love to Love”, “Too Hot to Handle” e muitos outros, todos tocados com uma energia incrível e eletrizante, em versões infinitamente superiores às respectivas gravações em estúdio. Não é à toa que os fãs insistem em afirmar que este é “o melhor álbum ao vivo de todos os tempos” (o que não parecia ser um título muito difícil de se obter nos anos 70...). Exageros à parte, os solos incríveis de Michael Schenker e o vocal firme e característico de Phil Mogg ajudaram a consolidar um estilo que viria a se tornar referência básica em hard rock, e influência para muitas bandas de heavy metal dos anos 80 aos dias de hoje.
17. Uriah Heep - “Demons and Wizards” (1972)
O ano de 1971 foi um marco na carreira do Uriah Heep. Após o lançamento de “Look at Yourself”, que obteve razoável sucesso tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos, a banda sofreu mais uma de suas inúmeras mudanças de formações: Lee Kerslake assumiu a bateria, e Gary Thain o baixo. Junto com Ken Hensley (teclados), Mick Box (guitarras) e David Byron (vocais), o conjunto assumiu sua formação clássica, responsável por seus melhores álbuns. “Demons and Wizards”, gravado no início do ano seguinte, foi o primeiro deles, e certamente o mais criativo. As composições, como o próprio título do álbum sugere, se voltaram para temas fantásticos, e para ilustrar esta mudança, Roger Dean foi chamado para produzir a capa (repetindo a dose no álbum seguinte, “The Magician’s Birthday”). O sucesso foi grande, principalmente nos EUA, graças à combinação dos teclados virtuosos de Hensley com a bela e poderosa voz de Byron, somados ao baixo nervoso e onipresente de Gary Thain, considerado por muitos um dos melhores baixistas de hard rock da história, ao lado de Bogert, Bruce e Entwistle.
18. Vanilla Fudge - “Renaissance” (1968)
Influência confessa de várias grandes bandas do início dos anos 70 (Deep Purple, por exemplo), o Vanilla Fudge começou sua carreira de sucesso em 1967, com uma versão de “You Keep Me Hanging On” (The Supremes), que logo se tornou um hit, abrindo as portas da banda para a gravadora Atlantic. Após dois álbuns bem recebidos pela mídia, que os rotulava de sucessores dos Beatles (consta que George Harrison era um fã, e adorava a versão de “Eleanor Rigby” do primeiro álbum, que por sinal era composto apenas por covers), a banda grava “Renaissance”, que marca seu amadurecimento musical, com composições próprias, mais longas e trabalhadas, praticamente inaugurando o estilo de hard baseado no órgão Hammond (o tecladista Mark Stein fez escola) e no virtuosismo instrumental. Após o fim da banda, Carmine Appice (baterista) e Tim Bogert (baixista) continuaram juntos por um tempo, gravando ainda ótimos álbuns com o Cactus e junto a Jeff Beck, no supergrupo “Beck, Bogert and Appice” (BBA) – ambos igualmente essenciais na história do hard rock.
19. The Who - “Who’s Next” (1971)
Depois do sucesso de “Tommy”, o grande projeto conceitual de Pete Townshend para o The Who era uma história de ficção científica chamada “Lifehouse”. Totalmente megalomaníaca, envolvendo, além de um álbum duplo, a produção de um filme, apresentações de teatro e concertos gigantescos, a idéia rapidamente se mostrou inviável. Entretanto, o grupo já estava meio de saco cheio da história toda (e da incapacidade de Townshend de completar o roteiro e explicar para todos o conceito do disco), quando o produtor associado Glyn Johns preparou uma seleção das faixas finalizadas e apresentou ao grupo, que de pronto aprovou a idéia. Como resultado, foi então lançado o álbum “Who’s Next”, para muitos o melhor e mais equilibrado trabalho de estúdio da fase hard da banda (que ficou conhecida, contudo, pelos seus memoráveis shows, marca registrada até os dias de hoje – enquanto restar algum membro vivo, ao menos). Apesar de não manter a proposta conceitual, a seleção de faixas do finado “Lifehouse” traz a banda no auge de seu processo criativo, com Pete, John, Keith e Roger mostrando no manejo habilidoso dos instrumentos a diferença básica que os destacava dentre seus antigos contemporâneos e conterrâneos de maior sucesso...
20. Wishbone Ash - “Argus” (1972)
O último disco desta lista, graças à sequência alfabética das bandas, é provavelmente um dos melhores álbuns de todos os tempos. Destaque absoluto na excelente discografia da banda, que também inclui discos essenciais como “Pilgrimage” (1971) e “There’s the Rub” (1974), “Argus” é o produto de um surto incrível de criatividade, poucas vezes igualado na história do rock. São sete faixas impecáveis, com arranjos belíssimos de duas guitarras (executadas por Andy Powell e Ted Turner), responsáveis, ao lado de bandas como o Allman Brothers e o Thin Lizzy, pela criação de um estilo musical que influenciou muitos conjuntos de heavy metal dos anos 80, como o Iron Maiden por exemplo. Com reconhecimento unânime da crítica e do público, “Argus” foi eleito o melhor álbum de 1972 pelos leitores de dois dos mais importantes jornais musicais ingleses da época, o “Melody Maker” e o “Sounds”, batendo discos tais como “Machine Head” e “Thick as a Brick”. Passeando sempre entre o hard e o rock progressivo (apesar da ausência de teclados), músicas como “Sometime World”, “The King Will Come”, “Warrior” e “Throw Down the Sword” são testemunhos incontestes da época mais rica e criativa dos dias de glória do rock inglês.
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