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Sepultura-1983

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Mensagem  PapaNJam Seg Jun 23, 2008 12:26 pm


Sepultura é uma banda brasileira de thrash metal surgida em 1983, criada pelos irmãos Max Cavalera e Igor Cavalera em Belo Horizonte, Minas Gerais. É considerada a banda brasileira de maior repercussão no mundo[4], à frente de outras como Angra e Krisiun. O Sepultura possui influências diversificadas como quase nenhuma outra banda da cena, que vai desde o black metal e death metal, passando pelo thrash metal, até inspirações externas ao metal, como hardcore, música tribal africana e japonesa, música indígena, entre outros diversos estilos musicais. O nome Sepultura (em Ingles grave)foi escolhido quando Max Cavalera traduzia uma música do Motörhead chamada "Dancing on Your Grave". Originalmente tinha a formação de Paulo Jr. (baixista), Igor Cavalera (baterista), Jairo Guedez (guitarrista) e Max Cavalera (vocalista). Depois de um tempo entra na banda Andreas Kisser. Hoje tem uma enorme legião de fãs. Na sua formação atual tem o americano Derrick Green como vocalista e os brasileiros Andreas Kisser como guitarrista, o baixista Paulo Jr. e o baterista Jean Dolabella
História
Começo de carreira (1983-1991)
Foi em Belo Horizonte, no ano de 1983 que a história do Sepultura[7] começou. Mais precisamente quando os irmãos Cavalera Max e Igor decidiram chamar seus amigos de colégio Paulo Jr. e Jairo Guedez para montar uma banda. Um ano depois, num festival de bandas em Belo Horizonte, a Cogumelo Records contrata a banda, após o dono da gravadora ter assistido o show do Sepultura, e o grupo decide fazer um disco. O nome é Bestial Devastation, que foi gravado em apenas dois dias (dividido com a banda Overdose), mas só seria lançado em 1985. A banda, então, faz uma tour brasileira pra promover o primeiro álbum. Já em 1986, é gravado o Morbid Visions, ainda pela Cogumelo Records e a banda sai em turnê novamente. Pouco depois, a gravadora relançaria o Bestial Devastation e o Morbid Visions em um só LP. Ainda no mesmo ano, o guitarrista Jairo sai da banda, e Andreas Kisser, que já havia feito algumas jams com o grupo, junta-se a ele. Ainda em 86, o Sepultura processou o selo Shark por ter lançado álbuns do Sepultura fora do Brasil.

No ano seguinte, depois de escrito o álbum, sai o Schizophrenia, que foi o primeiro com Andreas na guitarra, e o último com a produção da gravadora Cogumelo. Foi com esse disco que a banda disparou, e vendeu cerca de 10.000 cópias nas primeiras semanas. A gravadora New Renaissance lançou o disco nos Estados Unidos. O furor provocado pelo Schizophrenia fez com que houvesse um lançamento pirata do disco por uma gravadora européia, que chegou à inacreditável marca de 30.000 cópias vendidas (porém sem a banda poder usufruir dos direitos autorais). Em 1989, o Sepultura assinou com a Roadrunner Records, conseguindo um contrato de sete anos. Como era o que a banda precisava (grande contrato numa grande gravadora), lançaram o novo disco pelo novo selo, sendo o terceiro lançamento do grupo: Beneath the Remains. Este foi gravado em nove dias e produzido pelo produtor americano Scott Burns.

O disco foi um dos melhores lançamentos do ano sendo comparado até a Reign in Blood, clássico do Slayer. E, pela primeira vez, o Sepultura sai em tour fora do Brasil, tocando junto dos alemães do Sodom na Áustria, Estados Unidos, e México. Em 1990, a banda toca em vários shows, incluindo o Dynamo Open Air Festival, com cerca de 26.000 pagantes, e conhecem Gloria Bujnowski, empresária do Sacred Reich. O grupo decide tê-la também como empresária. Depois das apresentações, o Sepultura entra em estúdio para regravar Troops of Doom, que a Roadrunner usaria para relançar o álbum Schizophrenia remixado. Ainda no mesmo ano, a Cogumelo relança Bestial Devastation com uma nova versão de "Troops of Doom". É a batalha entre as gravadoras.


O sucesso comercial
A banda chamou atenção por onde passou e seu nome despontou na mídia mundial. Nesta turnê encontraram uma de suas fontes de inspiração, Lemmy Kilmister e seu Motörhead, cruzaram o muro de Berlim ainda na época da guerra fria, e até conheceram o Metallica (banda muito forte na época). Foi gravado nesta época o primeiro vídeo clipe do Sepultura, "Inner Self", que tal qual "Mass Hypnosis" e "Beneath the Remains", tornou-se um clássico da banda. Em 1991, o Sepultura toca no Rock in Rio II, para 50.000 pessoas. Dois meses depois, a atual gravadora da banda lança Arise, que vende cerca de 160.000 cópias nas 8 primeiras semanas, sendo considerado pela grande maioria dos fãs de longa data, o melhor disco do grupo.

No mesmo ano, são lançados alguns singles, como "Arise", "Under Siege (Regnum Irae)" e "Dead Embryonic Cells" e "Altered State". Logo após a apresentação no Rio a banda promoveu um show gratuito em São Paulo na praça Charles Müller, em frente ao Estádio do Pacaembu. A audiência de aproximadamente 40 mil pessoas mostra a força que o Sepultura já possuía. Infelizmente algumas pessoas confundiram o espírito de confraternização dos fãs, e um rapaz foi assassinado. Esta fatalidade criou um falso mito sobre o público da banda, que repercutiu por muitos anos negativamente fazendo com que muitos produtores de shows brasileiros temessem marcar shows com o grupo.


Repercussão mundial
No exterior, por sua vez, a turnê do Arise foi longa e passou por lugares longínquos e inéditos como Grécia e Japão. Na Austrália foi lançado o primeiro EP oficial da banda, o "Third World Posse". Na Holanda estrearam em um festival internacional de grande repercussão, o "Dynamo Open Air", para mais de 30 mil pessoas. E atraíram mais de 100 mil fãs nas duas apresentações feitas em estádios quando estiveram na Indonésia. Lá também foram premiados com fitas cassetes de ouro pelas excelentes vendas. Gravaram os clipes de "Arise" e "Dead Embryonic Cells", e lançaram seu primeiro home-vídeo, "Under Siege", que foi gravado em Barcelona, Espanha. Com todos estes acontecimentos ligados ao disco Arise, o Sepultura firmou seu nome mundo a fora. Em 1992 Third World Posse é lançado. O CD tem três músicas ao vivo tiradas do vídeo Under Siege (ao vivo em Barcelona), além de "Drug Me" (de Jello Biafra) e "Dead Embryonic Cells", do disco Arise. Ainda em 1992, acontece o casamento de Max com a atual empresária Glória.

Em 1993, o Sepultura lança o disco Chaos A.D., que já possuía influências tribais e já não tinha toda a violência de Arise, e menos ainda dos primeiros álbuns da banda. Ainda assim, percebia-se que a banda ainda se preocupava com a situação geopolítica mundial, pois pérolas como "Refuse/Resist" e "Territory" estão incrustadas neste álbum, além de "Manifest", que denunciava o massacre da penintenciária do Carandiru, famosa chacina de presidiários.


Show do Sepultura no festival Metalmania 2007.Chaos A.D. em 1993 foi um dos passos mais importantes da história da banda. O Sepultura optou por um lado musical nunca antes explorado, misturando seu som brutal com elementos de música popular e com isto definiram a linha musical de vanguarda que se tornou sua marca registrada. O lançamento de Chaos A.D. foi em grande estilo, em um castelo medieval na Inglaterra e com a presença de boa parte da imprensa mundial. O Sepultura foi capa de muitas revistas por todo o mundo. Nesta turnê a banda foi até Israel gravar o clipe da música "Territory", também lançada como single. Este vídeo foi eleito o melhor Vídeo Clipe do ano pela MTV Brasil, que levou a banda á Los Angeles para receber o astronauta de prata. Outros clipes/singles tirados deste álbum foram "Refuse/Resist" e "Slave New World", e o home-vídeo "Third World Chaos". Este álbum que inclui um cover do New Model Army, The Hunt. "Biotech is Godzilla" foi escrita por Jello Biafra, além de uma faixa especial, onde os integrantes se acabam de rir e gritar, e mais uma versão de Polícia, dos Titãs, disponível apenas na versão brasileira do CD. O single "Territory" também é lançado nesse mesmo ano. Ainda em 1993 nasce o primeiro filho de Glória e Max: Zyon.

Nesta turnê o Sepultura foi a primeira banda de metal da América Latina a se apresentar no famoso e tradicional festival Monsters of Rock, no Donington Park, Inglaterra, na frente de 50.000 pessoas, quantidade equalitária ao Rock in Rio II, onde o Sepultura também foi atração (pra quem diz que o Brasil não tem público como na Europa). E também a primeira banda do Brasil a tocar na Rússia. De volta ao Brasil a banda foi convidada a tocar no festival Hollywood Rock só após um abaixo-assinado feito pelo fã clube oficial brasileiro. Isso devido ao boicote por parte dos organizadores do evento, amedrontados com triste incidente em SP anos atrás. Em 1994, o EP Refuse/Resist é lançado. O álbum é uma espécie de coletânea com músicas ao vivo, de estúdio, "Drug Me" (de Jello Biafra) e ainda uma música de nome "Inhuman Nature", da banda Final Conflict. O single "Slave New World" é lançado.



O álbum Roots (1996-1998)
Mais tarde, no mesmo ano, sai Roots, um dos álbuns mais aguardados do ano. O disco mostrou um lado mais experimental da banda, com uma música com participação de Carlinhos Brown (Ratamahatta), e presença ao longo do disco de percussão, berimbau e várias batidas tribais. O disco contém ainda duas músicas gravadas conjuntamente com os índios Xavantes, no Mato Grosso (Jasco e Itsari). A música "Itsari" foi gravada na Aldeia Pimentel Barbosa no ano de 1995, ás margens do Rio das Mortes no estado de Mato Grosso. Já o restante do álbum foram feitas em Malibu no estúdio Índigo Ranch, dotado de instrumentos de idade avançada, e fazendo da gravação a mais crua o possível. Os clipes/singles foram "Roots Bloody Roots" gravado na cidade de Salvador; "Attitude" que teve fotos de tatuagens de fanáticos por Sepultura como capa e contou com a participação especial da família Gracie no vídeo clipe. "Ratamahatta" foi um clipe diferente de todos os anteriores do Sepultura, feito todo em animação gráfica computadorizada.


Andreas Kisser durante o festival Metalmania 2007.A versão brasileira tem também "Procreation of the Wicked" do Celtic Frost e "Symptom of the Universe" do Black Sabbath, além de "Lookaway", escrita por Jonathan Davis da banda Korn.

Em meados de 1996, a banda fica sabendo do assassinato de Dana Wells, filho de Gloria Cavalera. Max e Gloria vão para os EUA e o Sepultura toca em trio no Donnington 1996, com Andreas nos vocais. O grupo termina a tour tocando no Ozzfest, após cancelar 3 semanas de shows dos Estados Unidos. Roots que de acordo com a seleção de Spence D. e Ed Thompson, do site IGN Music, o disco Roots[8], lançado pelo Sepultura em 1996, está na posição 23 dos 25 discos considerados os mais influentes do heavy metal. Encabeçando a lista está o clássico Master of Puppets, lançado pelo Metallica em 1986. Ainda foi lançado o disco duplo The Roots of Sepultura, no qual um dos discos conta boa parte da história musical da banda, e o segundo é o álbum Roots.


Saída de Max Cavalera
Finalmente, em dezembro de 1996, chega a bomba: Max Cavalera deixaria a banda. Aconteceu quando os outros três integrantes, em reunião, decidem demitir Gloria Cavalera do posto de empresária da banda, alegando que esta dava apenas espaço para seu marido, Max, ao contrário de antigamente, quando o Sepultura aparecia, todos os quatro integrantes estavam na foto, e não apenas Max Cavalera. Com a esposa fora da banda, Max se sente traído e resolve separar seu caminho do caminho do resto da banda. A discussão é imensa. Andreas, Igor e Paulo tinham a convicção de que a empresária já não estava mais os representando do jeito que deveria e comunicaram sua decisão de não renovar seu contrato de trabalho. Havia a opção de que ela continuar a cuidar dos interesses de Max. Ele não aceitou a decisão dos companheiros e abandonou o Sepultura, achando estar sendo injustiçado. A partir de então as incertezas caíram sobre o Sepultura e o futuro era incerto.

Com o tempo a banda acostumou-se á nova situação imposta. Sabia que não iria parar o trabalho de uma vida toda dessa forma e tampouco podiam deixar seus fãs órfãos. O Sepultura é mais que entretenimento, é uma ideologia. E assim que puderam começaram a escrever seu próximo álbum, como um trio. Max formou sua própria banda, Soulfly. "Durante este um ano e meio, pensamos em tudo", diz Andreas. "De fato, pensamos em dizer se foda a todo mundo, se foda a música, se fodam as bandas, a porra toda. Mas não tomamos nenhuma decisão durante o período mais turbulento, porque essas decisões geralmente se mostram erradas, mais tarde. Fizemos as coisas calmamente, e levamos o tempo necessário para pensar a respeito da situação toda". Ainda nesse ano, nasce a primeira filha de Igor e Monika, Joanna. Em 1997, sai outra coletânea: Blood-Rooted. A Roadrunner lança também uma coleção de músicas do Sepultura, com versões alternativas e demos: o B-Sides, além de relançar todos os discos do Sepultura até Arise, com os nomes de Gold CD re-issue, remasterizados e com faixas bônus. Sai ainda o vídeo We Who Are Not as Others.


A volta do Sepultura
Igor, Paulo e Andreas passaram a escrever de uma nova forma. Agora o baixo ganhou uma importância ainda maior, como base das músicas. Andreas assumiu os vocais, mas nunca havia cantado antes e não se sentiu á vontade no posto. Decidiram encontrar um novo vocalista para o Sepultura. As fitas de demonstração chegaram em grande quantidade aos escritórios da RoadRunner, e o processo de seleção não foi fácil. Um pequeno grupo de finalistas foi selecionado, e os candidatos receberam uma fita com músicas nas quais deveriam trabalhar (inclusive escrevendo letras) antes de encontrarem a banda para os testes.


Derrick Green no Metalmania 2007.Os testes finais aconteceram no Brasil, porque para fazer parte do Sepultura é imprescindível gostar do país e se identificar com a cultura local. Também foi levado em conta a integração e a afeição entre o grupo. Desde o começo da procura, a voz e a aparência de Derrick Green impressionou. Quando ele esteve no Brasil para os testes sentiu-se em casa, virou Palmeirense, e se entendeu extremamente bem com a banda. Ele preenchia todos os requisitos necessários, e se tornou parte da família. A maior parte das músicas já estava pronta, esperando a gravação dos vocais, e a banda estava sob pressão para lançar o disco, mas trabalharam buscando a perfeição.

Então, em 1998, o Sepultura volta com um novo single, "Against", do álbum de mesmo nome Against mostrando todo o poder do novo vocalista Derrick Leon Green, apelidado carinhosamente de Predador. O single, produzido por Howard Benson e mixado por Bill Kennedy, levou o Sepultura ao terreno onde eles provavelmente estarão daqui por diante. "Não sabíamos nem se devíamos usar o nome Sepultura, diz Igor Cavalera a respeito da evolução da banda. Decidimos que escreveríamos algumas músicas primeiro, e se não soasse como Sepultura, então pararíamos de usar o nome na mesma hora. Mas logo que tínhamos as músicas, vimos que tínhamos razão para manter o nome. E quanto mais tocamos, mais confortáveis nos sentimos. O único apoio que tivemos durante todo o tempo foi tocar música. Várias pessoas pensavam que o Sepultura era apenas Max, e que nós éramos apenas músicos por detrás dele", diz Andreas. "Mas o Sepultura sempre foi todo mundo junto, e com a contribuição de todos para as idéias. Temos a mesma atitude, a mesma música, a mesma mensagem. A única coisa diferente é que Derrick está aqui, agora."




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