John Coltrane -1926-1967
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John Coltrane -1926-1967
John William Coltrane (kōl'trān) - (Hamlet, Carolina do Norte, 23 de Setembro de 1926 — Long Island, Nova Iorque, 17 de Julho de 1967) foi um saxofonista e compositor de jazz norte-americano, tendo atuado principalmente durante as décadas de 50 e 60. Comumente considerado pela crítica especializada como o maior sax tenor do Jazz e um dos maiores jazzistas e compositor deste gênero de todos os tempos. Sua influência no mundo da música ultrapassa os limites do Jazz, indo desde o rock até a música erudita.
Embora ele tocassem antes de 1955, seus principais anos foram entre 1955 e 1967, onde durante este tempo ele reformou o jazz e influenciou gerações de outros músicos. As gravações de Coltrane foram prolíficas: ele lançou cerca de 50 gravações como líder nestes 12 anos, e apareceu em outras muitas lideradas por outro músicos. Através de sua carreira, a música de Coltrane foi tomando progressivamente uma dimensão espiritual que iria consagrar seu legado musical.
Junto com os saxofonistas tenores Coleman Hawkins, Lester Young e Sonny Rollins, Coltrane mudou as perspectivas de seu instrumento. Coltrane recebeu uma citação especial do Prêmio Pulitzer em 2007, por sua "perita improvisação, musicalismo supremo e um dos ícones centrais na história do jazz."
Infância e Adolescência - de 1926 a 1945
Filho de John Robert Coltrane e de Alice Blair Coltrane, John William Coltrane nasceu em 23 de Setembro de 1926 em Hamlet, na Carolina do Norte. Seu avô, o Reverendo William Blair, tinha sido nomeado para a Igreja Metodista Africana Episcopal de Sião, e então ele se muda para High Point (também na Carolina do Norte) com apenas dois meses de idade. Ele cresceu em meio a uma família de músicos, seu pai, que era alfaiate, tocava violino e ukulele e sua mãe cantava no coro da igreja.
Em 1939 após terminar o ano primário, com treze anos de idade, em um período de um mês ele perde seu pai, seu tio e seus avós, deixando ele, sua mãe, sua tia e seu primo. Logo sua mãe começou a trabalhar como doméstica para sustentar a família, enquanto ele terminava o ano secundário. Na banda da escola ele aprende primeiramente a tocar clarinete, mas decide largar este instrumento, pois tinha se interessado mais pelo saxofone alto logo após escutar o saxofonista Johnny Hodges com a banda de Duke Ellington no rádio. [1] Suas influências musicais naquela época foram o saxofonista tenor Lester Young e Count Basie e sua banda. [2]
Durante a Segunda Guerra Mundial, sua mãe, sua tia e seu primo se mudam para Nova Jérsei na Filadélfia em busca de trabalho, o deixando com amigos da família. Após ter terminado o ano escolar, ele se muda também para Nova Jérsei em Junho de 1943, lá ele arranja emprego em uma refinaria de açúcar. Por um ano, ele freqüenta a Ornstein School of Music e estuda no Granoff Studios, além de começar a tocar em alguns bares.
Início da Carreira Musical - de 1945 a 1954
Casa de John Coltrane, na Filadélfia.Em 1945, ele entra para a Marinha Norte-Americana em uma base no Havaí. Ele tinha sido designado para a banda militar a tocar clarinete em um grupo chamado Melody Makers.[1] Ele nunca chegou a entrar em combate. Lá ele grava com um quarteto de marinheiros em 13 de Julho de 1946. Uma performance da música "Hot House", do compositor Tadd Dameron, foi lançada em 1993 pela antologia da Rhino Records: The Last Giant. [3]
Após voltar do Havaí, em 1946, Coltrane começa a tocar em diversos pequenos bares e clubes ao redor da Filadélfia. Nessa época ele adquire vício por heroína e álcool. Ele primeiramente começou a tocar, no verão de 1946, no grupo de Joe Webb, depois na King Kolax Band, com o saxofonista Charlie Parker. É dito que seria nesse grupo que ele decide trocar o saxofone alto pelo tenor, visto que Parker, que tocava saxofone alto, já havia "esgotado" as possibilidades desse instrumento. [4]
Na metade de 48, ele entra para a Jimmy Heats Band, que em 1949 passaria a se chamar Howard McGhee All Stars. No mesmo ano, ele recebe o convite de Dizzy Gillespie para tocar saxofone alto em sua big band, a primeira sessão de gravação desse grupo foi feita em 21 de Novembro daquele mesmo ano. O grupo acabou em Maio de 1950, mas Coltrane continuou tocando com um grupo menor de Gillespie até Maio de 1951. Em 1º de Março, ele faz seu primeiro solo em uma gravação na música "We Love to Boogie" no grupo de Gillespie. Ele toca com o grupo de Earl Bostic em 1952, e depois vai para o de Johnny Hodges em 1954, mas é expulso do grupo por causa de seu vício com heroína em Setembro do mesmo ano.
The Miles Davis Quintet, Monk e primeiros álbuns como líder
De 1955 a 1960 fez parte do histórico quinteto de Miles Davis, tendo participado de discos memoráveis como Cookin', Relaxin', Steamin', 'Round About Midnight e Workin', todos de 1956. No ano seguinte gravou seus primeiros álbuns como líder, tendo Blue Train alcançado maior destaque no meio jazzistico. Essa foi a sua primeira grande fase como músico, embora tenha sido um período muito difícil em sua vida pessoal, devido à um vício em heroína , adquirido no final dos anos quarenta. Este foi o motivo pelo qual Miles Davis o tenha demitido ainda no fim do ano de 1956. Em 1957 foi contratado pelo grande pianista Thelonious Monk e gravado alguns álbuns com ele, sendo Thelonious Monk with John Coltrane o de maior reconhecimento.
A volta ao conjunto de Miles Davis
Em 1958, Coltrane foi recontratado por Miles Davis iniciando sua grande fase como sideman. Nos próximos anos gravaria dois álbuns que entrariam para a História do Jazz:
Milestones(1958), um grande álbum do Cool Jazz .
Kind of Blue(1959), o álbum símbolo do Cool Jazz. O sexteto de Miles Davis, além de John Coltrane, contava com outros dois grande músicos do Jazz: o célebre pianista Bill Evans e o grande contra-baixista Paul Chambers. Este álbum foi um dos maiores sucessos da história do gênero.
John Coltrane's Quartet
Em 1960, após deixar o conjunto de Miles, Coltrane iniciou uma nova fase, liderando um quarteto com McCoy Tyner ao piano, Jimmy Garrison ao contrabaixo e Elvin Jones à bateria, e iniciou uma ousada e inédita exploração do espaço sonoro jazzístico. Coltrane desenvolveu um estilo absolutamente próprio, onde predominavam as chamadas sheets of sound (folhas ou camadas de som), que se compunham de longas frases de notas rápidas tocadas em legato. Coltrane embarca numa radicalização da harmonia que o leva à beira da atonalidade. Também fragmenta e desconstrói os temas, deixando-os quase irreconhecíveis sob um congestionamento de frases torturadas. A produção do quarteto de Coltrane entre 1960 e 1965 é um marco na história do jazz, comparável ao quinteto de Miles. As várias, longuíssimas e impressionantes versões de Coltrane para My Favorite Things, valsa aparentemente banal de Rodgers e Hammerstein, são antológicas. Em 1964 o quarteto cria aquela que é unanimamente considerada sua obra-prima, a suíte em quatro movimentos A Love Supreme.
Free Jazz e fim de vida
Embora vindo do hard bop, o Coltrane de 1955 a 1965 já podia ser considerado em certo sentido um precursor do Free Jazz. Porém em 1965 sua ligação com a vanguarda se torna ainda mais direta, quando se une a músicos free como o baterista Rashied Ali, os saxtenoristas Archie Shepp e Pharoah Sanders, entre outros. Sua mulher, a pianista Alice Coltrane, também o acompanha nessa nova, arrojada e curta fase. O disco Ascension é uma obra-prima desse período, já desvinculado da harmonia tonal. Bastante religioso, Coltrane imprimiu às suas obras de 1965-1967 um forte conteúdo religioso e místico. Morreu repentina e prematuramente, em 1967, aos 40 anos, de câncer no fígado. Após sua morte, uma grande quantidade de gravações inéditas foi sendo localizada e lançada, permitindo ao público avaliar melhor o quão monumental é sua obra.
Principais álbuns como sideman
Cookin' with the Miles Davis Quintet (1956)
Relaxin' with the Miles Davis Quintet (1956)
Steamin' with the Miles Davis Quintet (1956)
Working' with the Miles Davis Quintet (1956)
Thelonious Monk with John Coltrane (1957)
Monk's Musix (1957)
Milestones (1958)
Kind of Blue (1959)
Principais álbuns como líder
Blue Train (1957)
Soultrane (1958)
Lush Life (Recorded 1957 & 1958)
Giant Steps (1959)
Coltrane's Sound (1959)
My Favorite Things (1960)
Coltrane's Sound (1960)
Coltrane Plays the Blues (1960)
Olé Coltrane (1961)
Live! at the Village Vanguard (1961)
Africa/Brass (1961)
Ballads (1962)
Impressions (1963)
Live at Birdland (1963)
Newport '63 (1963)
Crescent (1964)
A Love Supreme (1964)
Transition (1965)
Ascension (1965)
Om (1965)
Meditations (1965)
Live! at the Village Vanguard Again (1966)
Live in Japan (1966)
The Olatunji Concert: The Last Live Recording (1967)
Interstellar Space (1974; recorded 1967)
Stellar Regions (1995; recorded 1967)
Thelonious Monk Quartet with John Coltrane at Carnegie Hall (2005; gravado em 1957)
One Down One Up Live At Half Note (2006; gravado em 1965)
Embora ele tocassem antes de 1955, seus principais anos foram entre 1955 e 1967, onde durante este tempo ele reformou o jazz e influenciou gerações de outros músicos. As gravações de Coltrane foram prolíficas: ele lançou cerca de 50 gravações como líder nestes 12 anos, e apareceu em outras muitas lideradas por outro músicos. Através de sua carreira, a música de Coltrane foi tomando progressivamente uma dimensão espiritual que iria consagrar seu legado musical.
Junto com os saxofonistas tenores Coleman Hawkins, Lester Young e Sonny Rollins, Coltrane mudou as perspectivas de seu instrumento. Coltrane recebeu uma citação especial do Prêmio Pulitzer em 2007, por sua "perita improvisação, musicalismo supremo e um dos ícones centrais na história do jazz."
Infância e Adolescência - de 1926 a 1945
Filho de John Robert Coltrane e de Alice Blair Coltrane, John William Coltrane nasceu em 23 de Setembro de 1926 em Hamlet, na Carolina do Norte. Seu avô, o Reverendo William Blair, tinha sido nomeado para a Igreja Metodista Africana Episcopal de Sião, e então ele se muda para High Point (também na Carolina do Norte) com apenas dois meses de idade. Ele cresceu em meio a uma família de músicos, seu pai, que era alfaiate, tocava violino e ukulele e sua mãe cantava no coro da igreja.
Em 1939 após terminar o ano primário, com treze anos de idade, em um período de um mês ele perde seu pai, seu tio e seus avós, deixando ele, sua mãe, sua tia e seu primo. Logo sua mãe começou a trabalhar como doméstica para sustentar a família, enquanto ele terminava o ano secundário. Na banda da escola ele aprende primeiramente a tocar clarinete, mas decide largar este instrumento, pois tinha se interessado mais pelo saxofone alto logo após escutar o saxofonista Johnny Hodges com a banda de Duke Ellington no rádio. [1] Suas influências musicais naquela época foram o saxofonista tenor Lester Young e Count Basie e sua banda. [2]
Durante a Segunda Guerra Mundial, sua mãe, sua tia e seu primo se mudam para Nova Jérsei na Filadélfia em busca de trabalho, o deixando com amigos da família. Após ter terminado o ano escolar, ele se muda também para Nova Jérsei em Junho de 1943, lá ele arranja emprego em uma refinaria de açúcar. Por um ano, ele freqüenta a Ornstein School of Music e estuda no Granoff Studios, além de começar a tocar em alguns bares.
Início da Carreira Musical - de 1945 a 1954
Casa de John Coltrane, na Filadélfia.Em 1945, ele entra para a Marinha Norte-Americana em uma base no Havaí. Ele tinha sido designado para a banda militar a tocar clarinete em um grupo chamado Melody Makers.[1] Ele nunca chegou a entrar em combate. Lá ele grava com um quarteto de marinheiros em 13 de Julho de 1946. Uma performance da música "Hot House", do compositor Tadd Dameron, foi lançada em 1993 pela antologia da Rhino Records: The Last Giant. [3]
Após voltar do Havaí, em 1946, Coltrane começa a tocar em diversos pequenos bares e clubes ao redor da Filadélfia. Nessa época ele adquire vício por heroína e álcool. Ele primeiramente começou a tocar, no verão de 1946, no grupo de Joe Webb, depois na King Kolax Band, com o saxofonista Charlie Parker. É dito que seria nesse grupo que ele decide trocar o saxofone alto pelo tenor, visto que Parker, que tocava saxofone alto, já havia "esgotado" as possibilidades desse instrumento. [4]
Na metade de 48, ele entra para a Jimmy Heats Band, que em 1949 passaria a se chamar Howard McGhee All Stars. No mesmo ano, ele recebe o convite de Dizzy Gillespie para tocar saxofone alto em sua big band, a primeira sessão de gravação desse grupo foi feita em 21 de Novembro daquele mesmo ano. O grupo acabou em Maio de 1950, mas Coltrane continuou tocando com um grupo menor de Gillespie até Maio de 1951. Em 1º de Março, ele faz seu primeiro solo em uma gravação na música "We Love to Boogie" no grupo de Gillespie. Ele toca com o grupo de Earl Bostic em 1952, e depois vai para o de Johnny Hodges em 1954, mas é expulso do grupo por causa de seu vício com heroína em Setembro do mesmo ano.
The Miles Davis Quintet, Monk e primeiros álbuns como líder
De 1955 a 1960 fez parte do histórico quinteto de Miles Davis, tendo participado de discos memoráveis como Cookin', Relaxin', Steamin', 'Round About Midnight e Workin', todos de 1956. No ano seguinte gravou seus primeiros álbuns como líder, tendo Blue Train alcançado maior destaque no meio jazzistico. Essa foi a sua primeira grande fase como músico, embora tenha sido um período muito difícil em sua vida pessoal, devido à um vício em heroína , adquirido no final dos anos quarenta. Este foi o motivo pelo qual Miles Davis o tenha demitido ainda no fim do ano de 1956. Em 1957 foi contratado pelo grande pianista Thelonious Monk e gravado alguns álbuns com ele, sendo Thelonious Monk with John Coltrane o de maior reconhecimento.
A volta ao conjunto de Miles Davis
Em 1958, Coltrane foi recontratado por Miles Davis iniciando sua grande fase como sideman. Nos próximos anos gravaria dois álbuns que entrariam para a História do Jazz:
Milestones(1958), um grande álbum do Cool Jazz .
Kind of Blue(1959), o álbum símbolo do Cool Jazz. O sexteto de Miles Davis, além de John Coltrane, contava com outros dois grande músicos do Jazz: o célebre pianista Bill Evans e o grande contra-baixista Paul Chambers. Este álbum foi um dos maiores sucessos da história do gênero.
John Coltrane's Quartet
Em 1960, após deixar o conjunto de Miles, Coltrane iniciou uma nova fase, liderando um quarteto com McCoy Tyner ao piano, Jimmy Garrison ao contrabaixo e Elvin Jones à bateria, e iniciou uma ousada e inédita exploração do espaço sonoro jazzístico. Coltrane desenvolveu um estilo absolutamente próprio, onde predominavam as chamadas sheets of sound (folhas ou camadas de som), que se compunham de longas frases de notas rápidas tocadas em legato. Coltrane embarca numa radicalização da harmonia que o leva à beira da atonalidade. Também fragmenta e desconstrói os temas, deixando-os quase irreconhecíveis sob um congestionamento de frases torturadas. A produção do quarteto de Coltrane entre 1960 e 1965 é um marco na história do jazz, comparável ao quinteto de Miles. As várias, longuíssimas e impressionantes versões de Coltrane para My Favorite Things, valsa aparentemente banal de Rodgers e Hammerstein, são antológicas. Em 1964 o quarteto cria aquela que é unanimamente considerada sua obra-prima, a suíte em quatro movimentos A Love Supreme.
Free Jazz e fim de vida
Embora vindo do hard bop, o Coltrane de 1955 a 1965 já podia ser considerado em certo sentido um precursor do Free Jazz. Porém em 1965 sua ligação com a vanguarda se torna ainda mais direta, quando se une a músicos free como o baterista Rashied Ali, os saxtenoristas Archie Shepp e Pharoah Sanders, entre outros. Sua mulher, a pianista Alice Coltrane, também o acompanha nessa nova, arrojada e curta fase. O disco Ascension é uma obra-prima desse período, já desvinculado da harmonia tonal. Bastante religioso, Coltrane imprimiu às suas obras de 1965-1967 um forte conteúdo religioso e místico. Morreu repentina e prematuramente, em 1967, aos 40 anos, de câncer no fígado. Após sua morte, uma grande quantidade de gravações inéditas foi sendo localizada e lançada, permitindo ao público avaliar melhor o quão monumental é sua obra.
Principais álbuns como sideman
Cookin' with the Miles Davis Quintet (1956)
Relaxin' with the Miles Davis Quintet (1956)
Steamin' with the Miles Davis Quintet (1956)
Working' with the Miles Davis Quintet (1956)
Thelonious Monk with John Coltrane (1957)
Monk's Musix (1957)
Milestones (1958)
Kind of Blue (1959)
Principais álbuns como líder
Blue Train (1957)
Soultrane (1958)
Lush Life (Recorded 1957 & 1958)
Giant Steps (1959)
Coltrane's Sound (1959)
My Favorite Things (1960)
Coltrane's Sound (1960)
Coltrane Plays the Blues (1960)
Olé Coltrane (1961)
Live! at the Village Vanguard (1961)
Africa/Brass (1961)
Ballads (1962)
Impressions (1963)
Live at Birdland (1963)
Newport '63 (1963)
Crescent (1964)
A Love Supreme (1964)
Transition (1965)
Ascension (1965)
Om (1965)
Meditations (1965)
Live! at the Village Vanguard Again (1966)
Live in Japan (1966)
The Olatunji Concert: The Last Live Recording (1967)
Interstellar Space (1974; recorded 1967)
Stellar Regions (1995; recorded 1967)
Thelonious Monk Quartet with John Coltrane at Carnegie Hall (2005; gravado em 1957)
One Down One Up Live At Half Note (2006; gravado em 1965)
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