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Pink Floyd -1964-1994(4)

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Pink Floyd -1964-1994(4) Empty Pink Floyd -1964-1994(4)

Mensagem  PapaNJam Ter Jun 24, 2008 9:10 am

A ópera rock de 1979, The Wall, concebida por Waters, lida com temas, como solidão, falha de comunicação, que foram expressos pela metáfora de um muro construído entre um artista de rock e sua audiência. O momento decisivel para o concebimento do The Wall foi durante um concerto em Montreal no Canadá, no qual Roger Waters cuspiu num membro da platéia enquanto este tentava subir para o palco - esse foi o ponto onde Waters sentiu a alienação entre a platéia e a banda. O álbum deu críticas renomadas ao Pink Floyd e seu único single que alcançou o topo das paradas "Another Brick in the Wall (Part 2)". The Wall também contém faixas que seriam comuns em concertos posteriormente, como "Comfortably Numb" e "Run Like Hell", que são duas das mais conhecidas canções do grupo.

O álbum foi co-produzido por Bob Ezrin, um amigo de Waters que dividem créditos em "The Trial". Ainda mais do que as sessões do Animals, Waters estava certo sobre sua influência artística e liderança sobre a banda, usando a boa situação financeira da banda a seu favor, o que trouxe conflito com os outros integrantes. A música se tornou distintivamente mais hard-rock, apesar que grandes orquestrações em algumas faixas, lembram um período passado, e têm-se algumas composições mais calmas além (como "Goodbye Blue Sky", "Nobody Home", e "Vera"). A influência de Wright foi completamente minimizada, e ele foi demitido da banda durante as gravações, somente retornando com um salário fixo, para tocar nos concertos. Ironicamente, Wright foi o único membro do Pink Floyd que ganhou algum dinheiro dos shows da turnê do The Wall, os quais passaram por várias cidades - incluindo Dortmund, Londres, Los Angeles, Nova Iorque - durante várias noites, e o resto teve que bancar o custo alto dos mais espetaculares concertos até então. No entanto, em 1989, depois do Muro de Berlin cair na Alemanha, Roger Waters concordou em tocar o The Wall Ao vivo, aonde ficava originalmente o Muro de Berlin.

Apesar de nunca ter chegado ao 1º lugar das paradas do Reino Unido (chegou ao 3º), The Wall ficou 15 semanas no topo das paradas dos EUA em 1980. Críticos o receberam bem, e ele foi chegou aos 23 álbuns de platina pela RIAA, pelas vendas de 11,5 milhões de cópias do álbum duplo somente nos EUA. O enorme sucesso comercial do The Wall fez do Pink Floyd os únicos artistas desde os Beatles a terem os álbuns mais vendidos de dois anos (1973 e 1980) em menos de uma década. Um filme com entítulado Pink Floyd : The Wall foi lançado em 1982, incorporando praticamente toda a música do álbum. O filme, escrito por Waters e dirigido por Alan Parker, estrelou o fundador do Boomtown Rats, Bob Geldof, o qual regravou a maioria dos vocais, e ainda apresenta animação pelo notável artista e cartunista britânico, Gerald Scarfe. Leonard Maltin, um crítico de cinema, se refere ao filme como "o maior video de rock do mundo, e certamente o mais depressivel", mas o filme arrecadou mais de 14 milhões nas bilheterias norte-americanas. Uma música que apareceu no filme "When the Tigers Broke Free", foi lançada como single. A música foi lançada depois na coletânea Echoes: The Best of Pink Floyd e no re-relançamento do The Final Cut. Também no filme, há a música "What Shall We Do Now?", que foi cortada do álbum original devido a duração do vinil. As únicas músicas do álbum que não foram usadas, foram "Hey You" e "The Show Must Go On". O álbum The Final Cut de 1983 foi dedicado ao pai de Waters, Eric Fletcher Waters. Ainda mais sombrio em sonoridade que o The Wall, esse álbum re-examinou vários temas anteriormente discutidos, mas se dirigindo à fatos da época, incluindo a raiva de Waters da participação da Inglaterra na Guerra das Malvinas, a culpa que ele colocou nos lideres políticos ("The Fletcher Memorial Home"). E conclui com uma visão cínica de uma possivel guerra nuclear ("Two Suns in the Sunset"). Michael Kamen e Andy Bown contribuiram com trabalho de piano, por causa da saída de Richard Wright (que não foi fomalmente anunciada antes do lançamento do álbum).

Apesar, de tecnicamente ser um álbum do Pink Floyd, na encarte do LP não aparece na escrito, somente atrás aparece: "The Final Cut - Um requiém para o sonho do pós-guerra por Roger Waters, tocado pelo Pink Floyd: Roger Waters, David GIlmour e Nick Mason". Roger Waters recebeu os créditos totais para o álbum, o que se tornou um protótipo, do som que ele fará em próximos álbuns em sua carrreira solo. Waters disse que ele ofereceu lançar o álbum como um álbum solo, mas o resto da banda rejeitou a idéia. No entando, no seu livro Inside Out, Nick Mason diz que isso nunca aconteceu. Gilmour declarou que pediu à Waters para segurar o lançamento do álbum, para que então pudesse escrever material suficiente para contribuir, mas esse pedido foi negado. O tom da música, é bastante similar com o do The Wall mas, também mais quieto, e suave, lembrando músicas como "Nobody Home" mais do que "Another Brick in the Wall (Part 2)" por exemplo. Ele também é mais repetitivo, com certos temas que aparecem repetidamente pelo álbum. Teve somente sucesso moderado com os fãs (atingindo 1º lugar no Reino Unido e 6º nos EUA), mas recebeu razoáveis alogios do críticos. O álbum teve um pequeno hit, "Not Now John", a única faixa hard-rock do álbum (e a única em particular em ter Gilmour cantando). As discussões entre Waters e Gilmour nesse ponto, eram tão ruins, que eles supostamente não eram visto gravando no mesmo estúdio simultaneamente. Gilmour disse que ele queria continuar a fazer rock de boa qualidade, e sentiu que Waters estava construindo sequências de peças de músicas, meramente como um veículo para suas letras críticas, sociais. Waters diz, que seus companheiros de banda, nunca entenderam completamente a importância dos comentários sociais que ele fazia. Pelo fim da gravação, o crédito de co-produção de Gilmour foi tirado do encarte do álbum (apesar de ele ter recebido os direitos autoriais). Não houve turnê para esse álbum, apesar que músicas do álbum foram apresentadas por Waters em suas futuras turnês solos.

Depois do Final Cut, a Capitol Records lançou a coletânea, Works, que fez com que a faixa de Waters de 1970, "Embryo" estivesse disponível pela primeira vez em um álbum do Pink Floyd. Os membros da banda, foram para seus caminhos separados, e gastaram tempo trabalhando em projetos indivíduais. Gilmour foi o primeiro a lançar seu álbum solo About Face em Março de 1984. Wright juntou forças com Dave Harris, para formar uma banda nova, Zee, a qual lançou o álbum experimental Identity um mês depois do projeto de Gilmour. Em Maio de 1984, Waters lançou The Pros and Cons of Hitch Hiking, um álbum conceitual que já havia sido proposto para a banda. Waters o havia escrito ao mesmo tempo que The Wall, e quando propôs ambos projetos para a banda, a banda decidiu-se por The Wall. Um ano depois dos projetos dos companheiros de banda, Mason lançou o álbum Profiles, em conjunto com Rick Fenn, o qual teve participações de Gilmour e o tecladista Danny Peyronel.


Era David Gilmour: 1987-1995
Quando Waters anunciou em Dezembro de 1985, que estava saindo do Pink Floyd, e descreveu a banda como "uma força criativa desgastada", mas em 1986, Gilmour e Mason começaram a gravar um novo álbum para o Pink Floyd. Ao mesmo tempo, Roger Waters estava trabalhando em seu outro álbum solo, chamada Radio K.A.O.S. (1987). Uma disputa legal foi inciada por Waters, reinvidicando que o nome "Pink Floyd" deveria ser colocado de lado, mas Gilmour e Mason seguraram sua convicção que eles tinham direitos legais para continuar com o "Pink Floyd". O processo acabou se acertando por um acordo fora dos tribunais. Depois de considerar e rejeitar muitos títulos, o novo álbum foi lançado como A Momentary Lapse of Reason (que alcançou 3º lugar no Reino Unido e 3º nos EUA). Sem Waters, que foi dominantemente o letrista da banda por uma década, a banda recebeu ajuda de escritores de fora. Como o Pink Floyd nunca havia feito isso antes (exceto pelas contribuições orquestrais com Geesin e Ezrin), essa atitude, recebeu muitas críticas. Ezrin, que renovou a sua amizade com Gilmour em 1983 (quando Ezrin co-produziu o álbum About Face), tanto co-produziu como foi um dos escritores, além de, Jon Carin que escreveu a música "Learning to Fly" e tocou bastante dos teclados do álbum. Wright também retornou, e inicialmente, foi colocado como um músico assalariado durante as finalizações das gravações, e se juntando oficialmente à banda em sua nova turnê.

Mais tarde, Gilmour admitiu que Mason e Wright tiveram pouca participação no álbum. Por causa das poucas contribuições de Mason e Wright, alguns críticos dizem que A Momentary Lapse of Reason deveria ser considerado como um trabalho solo de Gilmour, do mesmo jeito que The Final Cut seria um trabalho solo de Waters.

Um ano depois, a banda lançou o álbum Ao vivo, Delicate Sound of Thunder (1988), e mais tarde gravou instrumentais para um filme clássico de corrida, chamado La Carrera Panamericana, filmado no México e com Gilmour e Mason participando como motoristas participativos. Durante a corrida, Gilmour e o agente Steve O'Rourke (como seu guia) bateram. O'Rourke teve sua perna quebrada, mas Gilmour saiu somente com alguns arranhões. Os instrumentais são notáveis por incluirem o primeiro material do Pink Floyd co-escritos por Wright desde 1975, tanto como o único material co-escrito por Mason desde Dark Side of the Moon.

Em 1992, eles lançaram o box Shine On. O set de 9 cds incluiam, relançamentos dos álbuns de estúdio, A Saucerful of Secrets, Meddle, The Dark Side of the Moon, Wish You Were Here, Animals, The Wall e A Momentary Lapse of Reason. Um disco bônus chamado The Early Singles também foi incluso. O encarte incluia caixa que permitia que os álbuns ficassem em pé juntos, formando a imagem da capa do Dark Side of the Moon. O texto circular de cada CD inclui praticamente palavras ilegíveis "The Big Bong Theory". Nesse ano também ocorreu o lançamento do álbum solo Amused to Death, de Waters. A próxima gravação da banda foi o The Division Bell de 1994, que contém muito mais trabalho em grupo do que o Momentary Lapse teve, com Wright reinstalado como um membro total do grupo. O álbum foi recebido mais favoravelmente pelos críticos e fãs, do que o Momentary Lapse foi, mas foi intensamente criticado como cansativo e foi sob fórmulas. Este foi o segundo álbum à chegar ao 1º lugar em ambas paradas do Reino Unido e dos EUA.

The Divison Bell foi outro álbum conceitual, de alguns jeitos representando a visão de Gilmour nos mesmos temas que Waters discutiu em The Wall. O título foi sugerido para Gilmour, pelo seu amigo Douglas Adams. Várias das letras, foram co-escritas pela namorada do Gilmour na época, Polly Samson, a qual ele casou-se logo depois do lançamento do álbum. Apesar de Samson, o álbum conteve a maioria dos músicos que participaram da turnê do Momentary Lapse, quando o saxofonista Dick Parry, um dos que contribuiram aos álbuns da banda nos anos 70. Anthony Moore, que co-escreveu letras para várias músicas do álbum anterior, divide composição com Wright, que teve sua primeira música, em que teve voz principal desde Dark Side of The Moon, em "Wearing the Inside Out". A escrita de Moore continuou em praticamente todas as músicas do álbum solo de Wright, Broken China.

A banda lançou o álbum Ao vivo P*U*L*S*E em 1995. Ele chegou ao 1º lugar das paradas dos EUA, e contém músicas que foram gravadas da turnê do Division Bell no Earl Court em Londres. O concerto do Division Bell é uma mistura do clássico e do Pink Floyd moderno. O concerto em Earls Court, marcaria a primeira vez que a banda tocou inteiramente o Dark Side of the Moon, desde duas décadas. Versões de VHS e Laserdisc do concerto de 20 de Outubro de 1994, em Earls Court, também foram lançadas. Uma versão de DVD também foi lançada em 2006 e rapidamente caiu nas paradas. A caixa de cd de 1994, tinha um LED e pilhas, o que fazia com que um ponto vermelho piscasse uma vez por segundo, como uma batida de coração, quando na coleção do dono do CD. Mais tarde em 1995, a banda recebeu seu primeiro e único prêmio Grammy para Melhor Performance de Instrumental de Rock com "Marooned".


Trabalho Solo e Mais: 1995-Presente
Em 17 de Janeiro de 1996, a banda foi indicada ao Hall da Fama do Rock and Roll pelo lider da banda Smashing Pumpkins, Billy Corgan. Roger Waters não compareceu, ainda sendo contra, seus antigos parceiros de banda. No seu discurso de entrada, Gilmour disse, "Eu terei que pegar um pouco mais desse para nossos dois integrantes que começaram a tocar em diferentes tons; Roger e Syd..." Apesar que Mason esteve presente quando aceitaram o prêmio, ele não se juntou a Gilmour e Wright (e Billy Corgan) para sua performance acústica de "Wish You Were Here".

Uma gravação Ao vivo do The Wall foi lançada em 2000, compilada em shows de Londers em 1980-1981, com o nome de Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980-81. Ele chegou ao 19º lugar nas paradas dos EUA. Em 2001, um disco duplo com as músicas mais conhecidas da banda, chamado de Echoes: The Best of Pink Floyd, foi lançado. Gilmour, Mason, Waters e Wright, todos colaboraram na edição, sequenciação e seleção das músicas para as faixas. Pequenas controversias seriam que as músicas não seguem uma ordem cronológica e apresentam material fora do contexto dos álbuns originais. Algumas das faixas, como "Echoes", "Shine On You Crazy Diamond", "Sheep", "Marooned", e "High Hopes" tiveram seções substancialmentes retiradas delas. O álbum chegou ao 2º lugar das paradas do Reino Unido e dos EUA.

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